janeiro 28, 2010

new life


Há coisas que já não me surpreendem nada no dia-a-dia, desde há algum tempo. Mas a vida prega-nos partidas às quais estamos muito vulneráveis.

Hoje acordei, e pensei que o dia ía ser um desastre total. Ás vezes acordo assim. Com a impressão que a raiva do mundo descarrega toda em cima de mim. Mas o ânimos acalmaram e a professora de Matemática estava nos bons dias, o sol apareceu (thank god), a aula de educação física foi de rir e finalmente agradecer às minhas ricas perinhas por conseguirem dar um salto no trampolim de jeito, tive um furo desde as 11:45h às 16:00 e a aula de Biologia prática passou-se à espera para avaliar o pré-projecto (que não foi avaliado) na conversa com o pessoal.

O engraçado que tantas e tantas vezes dizemos que odiamos o liceu e nunca mais iremos querer voltar atrás. Não é assim. Quando olhei pela janela do autocarro de manhã e mais tarde no vidro do autocarro público apercebi-me que adoro esta gente e finalmente é importante apaixonarmo-nos. Eles são uns idiotas. Mas são os idiotas que partilharam 3 anos da minha vida. São os idiotas que vão comigo a Praga na viagem de finalistas e são os idiotas que me vão fazer falta no final de cada Verão, quando estivermos à espera do 1º dia de aulas.

Agora é que a raiva se me assenta ao pelo, e me apercebi que estou a apaixonar-me por tudo isto. Vivi tudo, mas não expus como queria. Queria ter escrito no papel todas as histórias que viraram livros na minha cabeça, e que só agora é que têm oportunidade de sair e apanhar um pouco de ar. Porque elas queriam sair e ter uma surpresa no sorriso dos leitores.

Tal e o qual o sorriso do menino do Bimbo que sorriu quando hoje lhe ofereci um pedaço de Kinder buenno e ficou espantado com o meu presente. Foi um sorriso. Um sorriso delicioso que não tirou graça ao espanto de uma rapariga estar apaixonada e oferecer um quadrado de chocolate com caramelo por dentro ao rapaz do Bimbo.



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