maio 31, 2014

Mãos de Lavanda

Tenho as mãos a cheirar a Lavanda. A vizinha do prédio onde trabalha a minha mãe tem uma colecção de vasos. Ofereceu-me lavanda para esfregar nas mãos, cheirando a Primavera. Hoje há ventania.
Depois mostrou-me a planta de caril, os brincos de princesa, e as famosas sardinheiras com que a minha mãe pintava as unhas em miúda.
Hoje há uma melancolia na temperatura do sol que beija as flores.
Os cães brincam enquanto nos rimos da vida. 
Até somos felizes às vezes.




Razões de Maio

A Primavera nas folhas
Despedidas
Utilitarismo de John e Harriet Stuart Mill
A pata do meu cão sobre o meu braço
Tiago Bettencourt
Bênção das Fitas
Almoço na Costa da Caparica
Livros
Irmãs de Sangue
Feira do Livro
Eleições
António Tabucchi
Rafael de Lamartine
A minha parka verde
Feriado
O leve sabor da viagem
Ilusão de Felicidade
O fim

maio 30, 2014


Gostar de um artista leva tempo, e a digestão da arte demora. Dificilmente assisto a concertos de artistas, porque poucos conseguem entregar actuações ao vivo brilhantes, e há nessa conquista algo que nos dá a volta ao estômago. Quase nos tornamos ridículos no papel de fã. A posição inferior. A humilhação de ceder ao grito histérico, ou o facto de não conseguirmos esconder um sorriso devido ao rosto do cantor.
Caímos no risco de nos apaixonar. De lentamente conhecermos a forma de fechar os olhos e a contracção do corpo durante o espectáculo.
Não sou sentimental. Até recentemente descobri que tenho falhas nos afectos, mas ouvir um génio cantar melhora-me.
A música é uma bênção, e a viva, é milagre.




- 30 -

Ser pessoa de alguém é ser gestor de uma empresa. Gerir sentimentos. E com tamanha crise em que mergulhamos, chumbámos as finanças do coração.


maio 29, 2014

Por momentos ausento-me


- 29 -

O outro lado do Tejo estava chamuscado. Procurei por lá sonhos para te dar, mas a margem estava seca. Só doença.
Se ouço música, tudo muda.


maio 28, 2014

mês abençoado

Amanhã há Feira do Livro.


- 28 -

A rapariga na bicicleta devia ir para o atelier. Trazia a boina azul cobalto na cabeça e raiva nos lábios. Aquela rapariga trazia o futuro nas mãos que seguravam o guidão. Ela talvez fosse a única num raio de quilómetros que não hesitasse perante a realidade.
Trazia turbulência mas vontade. Uma bateria de sonhos.


maio 27, 2014

- 27-

A mulher ao meu lado no comboio ouviu Jazz. Pensei que as manhãs eram calmas. Que as paredes da paisagem eram tão claras, que podia ver os sentimentos por detrás de nós.
No fim do dia aqueces-me o ombro, não soprando, apenas conduzindo a respiração como nas horas normais. Eu queria descobrir tudo de ti. Que raios, que eu queria descobrir-te, até a respiração.
Deixei-me estar no nosso escuro. Ali havia paz. Ali havia cor, sensação. A tal tensão de proximidade.


maio 24, 2014

"Correspondia mais ao meu sentir, era mais agradável à minha própria dignidade, deixar flutuar o espírito nessa hesitante ignorância".

Aix-les-bains en Savoie
A natureza das minhas dúvidas contém cal. Nem eu as conheço. 


maio 23, 2014

23

Ontem esteve uma chuva Primaveril. Não estava nos meus melhores dias, e logo ontem que uns quantos feixes de luz solar me lembravam a palavra das coisas naturais a entrar-me no quarto. Hoje percebi todas essas lições enquanto lia Rafael de Lamartine, e mais tarde recebendo a moeda da China na caixa do correio.
O mundo só faz sentido com as pessoas. "O mais importante são as pessoas", escreveu a escritora portuguesa na minha fita. Enquanto os meus dias se governarem desta forma acreditarei na humanidade, recebendo o sol.




maio 22, 2014

«Fala-se de culpas, pediu-se perdão».

maio 21, 2014

21

Os meus tios apareceram na plataforma da estação apeadeira. Gozámos com o tempo, e a escolha do dia para a ida deles a Lisboa. Chegando ao Cais parámos para beber café no que fora uma antiga tasca, e, de seguida, despedi-me deles.
Continuarei a achar que os maiores encontros são os fortuitos, inesperados, que trazem alegria.

maio 19, 2014

19

O meu dia ganha significado, mas à medida que a tarde se encheu de chuva, e fomos caminhando por Entre-campos perdi a esperança. Ou talvez fosse o meu amor mais que óbvio pelas coisas outonais que me fizeram desejar estar em casa. 
Já depois de comprar o fio de prata com a cruz, subi a Rua do Carmo com a queijada de amêndoa na boca, pecando satisfatoriamente para não perder as forças até ao metro.
Indignei-me com o homem do comboio. As suas mãos cingidas ao Parkinson. A ferida com o sangue seco na cabeça. Os papéis com mails misteriosos imprimidos. A mala de viagem, e o passaporte cuidadosamente retirado do bolso da gabardina.
Não sei que pensar do dia. Mas amanhã ainda terei que falar de Agualusa, e vou prosseguir com a apresentação.


maio 18, 2014

Bênção de Finalistas

Não soube ao certo o que esperar, mas arranjei forma de imaginar alguma coisa. Reli milhares de vezes o discurso de Amadeu do Comboio Nocturno para Lisboa, e pensei que aconteceria o mesmo comigo. Acabei por não conseguir descrever nada. Ninguém descreve nada, quando a estrada está cheia de cores e capas. Quando te sentes por segundos o motivo da atracção de uma cidade que te apaixona, e que amanhã não será a mesma. Amanhã Lisboa não será a mesma. Não nos terá lá junto a caminhar para a Alameda em silêncio porque o som dos passos falava mais alto. Amanhã Lisboa não unirá 50 mil pessoas em festa. Estudantes a ignorar talvez o futuro e abanando as capas.
Não imaginei ouvir os gritos académicos. Três anos depois não imaginei nada. Falhei no ponto em que pensei que seria tudo semelhante a nada, e depois foi tudo.
Depois Lisboa viu-nos desfilar, ainda que sofrendo sob um calor e sob um corpo cansado, em direcção às nossas vidas. Ontem fomos atrás das nossas vidas.
Carregámos connosco amigos, famílias e amores. Carregamos todas as pessoas que queríamos connosco nas nossas fitas. Não podemos pedir nada. Não devemos dizer nada. Tudo o que precisaríamos de dizer é que não bastou.
Só houve um dia para Lisboa nos ver sorrir e chorar. Só houve um dia das nossas vidas que pudemos dizer que fomos finalistas.

E agradeço a Deus por mo deixar ser.


maio 16, 2014

"Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. 
Não procures o conhecimento fora de ti, ele te aguarda em tua fé interior. 
Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. 
Não procures a felicidade fora de ti,  ela habita em ti desde a eternidade".


maio 14, 2014

Segunda mãe e eu fomos ver

Exposição Os Czares e O Oriente. Ofertas da Turquia e do Irão no Kremlin de Moscovo

maio 13, 2014

Do que pensarei neste Sábado, com os olhos e cravo postos no cardeal.

"Não quero viver num mundo sem catedrais. Preciso da sua beleza e da sua transcendência. Preciso delas contra a vulgaridade do mundo. Quero erguer o meu olhar para o brilho dos seus vitrais e deixar-me cegar pelas cores prodigiosas. Preciso do seu esplendor. Preciso dele contra a suja uniformidade das fardas. Quero cobrir-me com a frescura seca das igrejas. Preciso do seu silêncio imperioso. Preciso dele contra a berraria na parada da caserna e o arrazoar frívolo dos oportunistas. Quero escutar o eco oceânico do órgão, essa inundação de sons sobrenaturais. Preciso dele contra o chinfrim ridículo da música de marcha. Amo as pessoas que rezam. Preciso da sua imagem. Preciso dela contra o veneno insidioso do supérfluo e negligente. Quero ler as poderosas palavras da Bíblia. Preciso da força irreal da sua poesia. Preciso dela contra o aviltamento da linguagem e a ditadura das senhas. Um mundo sem estas coisas seria um mundo no qual eu não gostaria de viver.
E no entanto, existe ainda um outro mundo no qual eu não quero viver: um mundo onde o corpo e o pensar independente são condenados e onde coisas que fazem parte do melhor que podemos experimentar são estigmatizadas como pecado. O mundo em que nos é exigido amar os tiranos, os torcionários e assassinos traiçoeiros, mesmo quando as suas brutais passadas marciais ecoam atordoantes pelas vielas, ou quando se esgueiram, silenciosos e felinos, como sombras cobardes, pelas ruas e travessas, para enterrar pela costas, direito ao coração das vítimas, o aço faiscante. Entre todas as afrontas que do alto do púlpito foram lançadas às pessoas, uma das mais absurdas é, sem dúvida, a exigência de perdoar e até de amar essas criaturas. Mesmo se alguém o conseguisse, isso significaria uma falsidade sem igual e um esforço de abnegação desumano que teria, forçosamente, que ser pago com a mais completa atrofia. Esse mandamento, esse desvairado e perverso mandamento do amor para com o inimigo serve apenas para quebrar as pessoas, para lhes roubar toda a coragem e toda a confiança em si próprias, e para as tornar maleáveis nas mãos dos tiranos, para que elas não consigam encontrar a força para se revoltarem, e se necessário pegando em armas.
Eu venero a palavra de Deus, pois amo a sua força poética. E abomino a palavra de Deus, pois odeio a sua crueldade. O amor é um difícil amor, pois tem constantemente que distinguir entre o fulgor das palavras e a exaltada submissão a uma divindade presumida. O ódio é um difícil ódio, pois como é que podemos permitir-nos odiar palavras que participam da própria melodia da vida nesta parte do mundo? Palavras que no ensinaram, desde o início, o que significa a reverência? Palavras que para nós foram como que fanais, quando começámos a pressentir que a vida visível não pode ser toda a vida? Palavras sem as quais não seríamos aquilo que somos?
Mas não nos esqueçamos: são palavras que exigem de Abraão que ele sacrifique o seu próprio filho, como se de um bicho se tratasse. O que é que fazemos com a nossa ira quando lemos isso? O que pensar de um tal Deus? Um Deus que acusa Job de disputar com ele quando nada sabe e nada entende? Quem foi que o criou assim? E por que é menos injusto quando Deus lança, sem qualquer motivo, alguém para a desgraça do que quando é um comum mortal a fazê-lo? Não terá Job todos os motivos para a sua queixa?
A poesia da Palavra divina é tão avassaladora que tudo silencia. Toda e qualquer contestação acaba reduzida a um lastimável ladrar. É por isso que não basta pôr simplesmente a Bíblia de parte, temos antes de a atirar fora, assim que estejemos fartos do seus desaforos e da servidão que ela nos impõe. Manifesta-se nela um Deus avesso à vida e à alegria, um Deus que só pretende constranger a poderosa dimensão de uma vida humana, o grande círculo que ela consegue descrever - desde que lhe concedam para tal a liberdade – e apertá-la até que se reduza a um só e contraído ponto da obediência. Amarfanhados pela mágoa e suportando o peso dos pecados, ressequidos pela sujeição e pela infâmia da confissão, devemos arrastar-nos até à sepultura, a testa marcada pela cruz de cinza, na esperança mil vezes refutada de uma vida melhor ao lado de alguém que antes nos roubou toda a alegria e no privou de todas as liberdades?
E, no entanto, as palavras que Dele e para ele se dirigem são de uma sedutora beleza. Como as amei nos meus tempos de sacristão! Como me deixei embriagar por elas à luz das velas do altar! Como me pareceu claro, claro como a luz, que aquelas palavras fossem a medida de todas as coisas! Como achava incompreensível que as pessoas dessem importância a outras palavras, quando cada uma delas só podia significar uma condenável dispersão e uma perda da essência! Ainda hoje paro quando escuto um canto gregoriano; e por um instante irreflectido sinto-me triste porque o antigo arrebatamento deu definitivamente lugar à rebelião. Uma rebelião que se ateou em mim como uma labareda quando, pela primeira vez, ouvi as seguintes palavras: sacrificium entellectus.
Como é que podemos ser felizes sem a curiosidade, sem perguntas, dúvidas e argumentos? Sem o prazer de pensar? Estas duas palavras que são como o golpe da espada que nos decapita, não significam outra coisa senão a imposição de dirigir o nosso sentir e actuar contra o nosso próprio pensar; elas representam um convite a uma dilaceração total, a ordem para que sacrifiquemos precisamente aquilo que constitui o núcleo da felicidade em cada um de nós -  a unidade e a concordância internas da nossa vida. O escravo no porão da galera está acorrentado, mas pode pensar o que quiser. Porém, o que Ele, o nosso Deus, nos impõe é que interiorizemos, com o nosso próprio esforço, a nossa própria servidão, e que, ainda por cima, o façamos com alegria e de livre vontade. Poderá haver maior escárnio?
Na sua omnipresença, o Senhor é alguém que, dia e noite, nos observa, a cada hora, a cada minuto, a cada segundo ele regista as nossas acções e o nosso pensamento. Nunca nos permite um momento sequer em que possamos estar a sós connosco próprios. Mas o que é um ser humano sem segredos? Sem pensamentos e desejos que apenas ele e só ele conhece? Todos os torcionários, os da Inquisição e os actuais sabem-no bem: corta-lhe a retirada para dentro, nunca apagues a luz, nunca o deixes sozinho, nega-lhe o sono e o sossego -  e ele acabará por falar. O facto da tortura nos roubar a alma significa que ela nos nega a possibilidade de estarmos sozinhos connosco próprios, algo de que necessitamos como do ar para respirar. Será que o Senhor, o nosso Deus, não se apercebeu de que com a sua desenfreada curiosidade e sua repugnante indiscrição nos rouba uma alma, uma alma, ainda por cima, que se quer imortal?
Quem é que quer a sério ser imortal? Quem é que deseja viver para toda a eternidade? Como seria entediante e vazio saber que o que hoje acontece, neste mês ou neste ano, não tem qualquer significado. Os dias, os meses e os anos sucedem-se indefinidamente. Infinitamente, no sentido literal da palavra. Se isso assim fosse, haveria algo que ainda tivesse importância? Não precisaríamos de contar com o tempo, não perderíamos oportunidades, nunca teríamos de nos apressar. O facto de fazermos uma coisa hoje ou deixá-la para amanhã seria indiferente, perfeitamente indiferente. Negligências milhões de vezes repetidas deixariam de ter, perante a perspectiva da eternidade, qualquer relevância, e não faria sentido lamentar algo, pois teríamos sempre tempo para recuperar. Nem sequer poderíamos entregar-nos à simples fruição do dia, pois esse prazer alimenta-se precisamente da consciência da caducidade do tempo, o ocioso é um aventureiro perante a morte, um cruzado contra o ditado da pressa. Se houvesse sempre e em todas as ocasiões tempo para tudo e mais alguma coisa, onde é que haveria ainda espaço para nos alegrarmos com um certo esbanjar do tempo disponível?
Um sentimento não é idêntico quando surge pela segunda vez. Ele tinge-se de outras nuances devido à percepção do seu retorno. Nós entediamo-nos e fartamo-nos dos nossos sentimentos quando eles se repetem demasiadas vezes ou duram demasiado tempo. Seria então forçoso que na alma imortal se instalasse um descomunal tédio e um gritante desespero, perante a certeza de que aquilo nunca teria fim. Os sentimentos querem desenvolver-se, e nós com eles. Eles tornam-se naquilo que são precisamente porque expulsam o que foram, e porque fluem em direcção a um futuro em que novamente se irão afastar de si próprios. O que é que aconteceria se esse caudal desaguasse no infinito? Dentro de nós teriam de gerar-se milhares de sensações que nós, habituados que estamos a uma dimensão limitada do tempo, nunca conseguiríamos imaginar. De modo que, pura e simplesmente, não sabemos o que nos é prometido quando ouvimos falar da vida eterna. Como é que seria continuarmos a ser nós próprios na eternidade, sem o consolo de podermos, um dia, vir a ser redimidos da obrigação de sermos nós? Não o sabemos, e o facto de nunca o virmos a saber representa uma bênção. E isso porque de uma coisa podemos estar certos: esse paraíso da eternidade seria um inferno.
É a morte que concede ao instante a sua beleza e o seu pavor. Só através da morte é que o tempo se transforma num tempo vivo. Por que é que o Senhor, o Deus omnisciente, não sabe isso? Porque é que nos ameaça com uma imortalidade que só poderia significar um vazio insuportável?
Não quero viver num mundo sem catedrais. Preciso do brilho dos seus vitrais, do seu fresco recato, do seu silêncio imperioso. Preciso das marés sonoras do órgão e do sagrado ritual das pessoas em oração. Preciso da santidade das palavras, da elevação da grande poesia. De tudo isso preciso. Mas não menos necessito da liberdade e do combate contra tudo o que é cruel. Porque uma coisa não é nada sem a outra. E que ninguém me obrigue a escolher."
(“Reverência e Aversão Perante a Palavra de Deus”. Discurso de Amadeu de Prado. Comboio Nocturno para Lisboa. Capítulo 19)

maio 11, 2014

06

De manhã a vila parece diferente, expandida. Ouço os pássaros a chilrear bloqueando o grito dos carros. Felizmente apenas passa um carocha amendoado que me transporta para longe. Finalmente ouço as árvores, elas falam. São livros.
As irmãs chegam, está tudo bem.



Irmãs de SANGUE


maio 10, 2014

Galguei o espaço, galguei o ar. Somos todos tão diferentes, e semelhantes.
Amo-nos.

maio 09, 2014

Quando passa a correr.
Quando passa a correr e sentes a vida na algibeira a não querer parar. As decisões que involuntariamente se expelem do pensamento enquanto respiras o ar. A vida é ar. A música clássica enquanto o vento fora da loja agita as árvores. Uma marginal perfeita, e cheiro a mar. A vida é uma ebulição de oportunidades e consequências.
Quem sou eu para a recusar?


Saudades de Praga..assim


maio 08, 2014

A vontade que tenho de agarrar na vida e levá-la para os três continentes oferecidos pela Bosch. Desenhar com asas o percurso que eu quiser, julgando a humanidade melhor.
É o que peço hoje, um pouco de bem.


maio 06, 2014

Ai Lisboa


Marilyn Monroe levitara o vestido, e eu agora ali sob o calor fervente da rua passava sob a caixa de vapores recebendo nas mãos o tecido roxo do vestido em frente à Igreja dos Italianos.
Senti-me num filme.

maio 04, 2014

maio 03, 2014

fim de semana

Juntei os búzios, e as cores. O Equador, a garrafa de água e o cabelo preso pelo elástico. Depois deixei-me ir.
O mar acolhe sempre. 


maio 01, 2014

Maio seria época de passeios pela Estefânia de Sintra. O tempo de rever o que perdêramos nos meses esquecidos que antecediam a Primavera. O cheiro, a cor das flores. As irmãs de sangue, e as suas histórias de África. O Equador. O mar, e a vida que evitamos devido à rotina.
Maio é amor.