fevereiro 28, 2010

as manhãs de domingo que começam às 9 e meia.


Ontem olhei à janela e vi sabes.

Eu vi e acreditei naquilo que em tempos fugi de.

Obrigada. Pelo toque.

Por aqueles dias e estes dias.

Pelos dias que são nossos e nos pertencem.

Pelo grito e pela palavra.

A verdadeira.

Tu. Eu. Nós.

Somos. Obrigada.




01/11/08

fevereiro 23, 2010

A minha visão do Mundo


Se eu conseguisse pisar as folhas húmidas da floresta e pudesse conversar à noite com os mochos, seria a rapariga mais feliz do Mundo. Talvez seja porque me traz uma paz que não consigo explicar.
Há músicas que dizem que construímos o nosso próprio mundo de magia porque a nossa vida real é trágica. Sim, é falsa. Tenho a certeza absoluta do sangue que me corre nas veias quando respiro o ar frio e húmido da rua. Tenho a certeza absoluta que eles fingem. Eles fazem de conta que não estão a ser observados porque hagem como a sua própria vaidade os conduz. Gostava de conseguir atingir um pouco da sua frieza e egoísmo, mas ficaram retidos na estação de comboios. Não quiseram largar a pequena aldeia que lhes serviu de lar e que ainda espera por eles todas as noites.
Sim. Eu fingo e vejo tudo turvo. Vejo o meu rosto pouco nítido a balançar no pouco movimento do pobre riacho que atravessa a pequena floresta encantada.
Vejo ao fundo a correr a menina com asas de borboleta e ela apercebe-se que o tempo escassa e lhe vão roubar o urso de peluche.
Ela corre. Corre rápido. Deixando para traz a velha imagem da floresta encantada, onde ela esteve a brincar há instantes. Ela corre como se fosse o último gole de ar que fosse ingerir.
E de súbito pára. Vê-se perdida e sozinha no meio do caminho, porque viu as flores e os frutos coloridos recuarem.
Viu os pequenos pós mágicos do ar se desvanecerem, os labirintos cobertos de criaturas mágicas se difundirem numa aragem fresca que varreu a floresta em segundos.
Parou porque finalmente se apercebeu que o que ela viu à sua frente era bem melhor que a realidade. E por isso não viu. Sonhou. Ela vê um mundo coberto por um pano negro, mas ainda assim partiu para a aventura e tentou riscar o azul dos seus olhos e descobrir um mundo bem melhor do que o que os nossos pés pizam.
Não existem príncipes mas existe sabor a Verão. Existem tartes de framboeza, café quente no Inverno e existe aconchego dos que amamos.
Não existem princesas, mas existem pequenos cursos de rio suave pelos bosques, Igrejas onde se fecham os olhos e se reza durante segundos, e pequenas folhas de linhas onde te posso banhar em tinta e proclamar palavras de silêncio para te descrever o que vejo à minha frente.



She lives in a fairy tale

Somewhere too far for us to find

Forgotten the taste and smell

Of the world that she's left behind

fevereiro 12, 2010

Praga


And I'm out.



Até já.

fevereiro 11, 2010

prazeres da vida


COOKIES DE CHOCOLATEIngredientes
· 500 g de chocolate em barra
· 125 g de manteiga sem sal e amolecida
· 75 g de açúcar mascavo
· 50 g de açúcar comum
· 150 g de farinha de trigo
· 30 g de cacau em pó
· 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
· 1/2 colher de chá de sal
· 1 colher de chá de essência de baunilha
· 1 ovo gelado
· 2 pacotes de gotas de chocolateModo de PreparoColocar o chocolate para derreter em banho-maria. Quando o chocolate estiver derretido, deixar esfriando. Enquanto o chocolate derrete, bater em uma batedeira a manteiga e o açúcar. Adicionar a baunilha à manteiga e ao açúcar quando já estiverem bem misturados e continuar batendo. Em uma tigela a parte, misturar os ingredientes secos: farinha de trigo, cacau em pó, bicarbonato de sódio e sal.Quando o chocolate tiver esfriado, despejá-lo no creme de açúcar e manteiga e continuar batendo. Após ter misturado bem o chocolate, acrescentar o ovo gelado e bater. Em seguida, acrescentar os ingredientes secos e bater mais um pouco. Por fim, adicionar as gotas de chocolate e misturá-las à massa com uma espátula para que fiquem distribuídas de forma homogênea. Em uma forma, montar 12 bolinhas como se fossem bolas de sorvete e colocar para assar por 18 minutos em um forno pré-aquecido a 170ºC. A massa pode ser congelada.





Se existem coisas na vida que realmente me deixam arrepiada e de agradeçer a Deus a bela da minha existência no mundo, é a comida. Desculpem-se mas comer sempre dos pecados e dos prazeres que o homem teve. É inevitável. Comer é viver!




Enjoy it :D

fevereiro 10, 2010

as coisas têm um sentido


Sabes que hoje me apercebi que realmente há coisas que não precisam de ser pensadas? Acho que realmente gosto de Alberto Caeiro, e a sua simplicidade não me faz confusão nenhuma. Gosto do poema em que se auto-entitula um não-guardador de rebanhos. Quando ouvi a professora Patrícia lê-lo fiquei com arrepios na pele e com um quente suave enquanto me imaginva estentida por um prado qualquer, algures num sítio bem longe daqui.

Gosto da ideia de apenas ver , e sentir as coisas naturalmente. É assim que a nossa relação funciona, naturalmente.

Ontem quando cheguei a casa, depois de almoçar,fui para onde gosto mais de ir no mundo inteiro. Para o papel. Depois de comprar no chinês umas meias pretas de licra, 4 bases de silicone para as sapatilhas de ballet, comprei um pequeno caderno que apesar de novo me trouxe recordações velhas. Olho para ele e sinto-o velho.

As veias aceleraram no meu corpo e mal cheguei a casa peguei nas minhas coisas e fui escrever. Já é o terceiro caderno novo que compro no chinês e não me canso de os gastar. São cadernos simples, nada caros, que custam apenas cêntimos. Não são precisas grandes coisas para sermos felizes. E hoje enquanto pensava nas coisas que teria que levar para Praga no sábado, apercebi-me que a primeira coisa que terá lugar no fundo da minha mala será o pequeno caderno beje, a minha caneta, o livro da stephanie e um lápis e uma borracha. Só preciso disso. Depois vêm as coisas habituais como as pastilhas, a roupa, os cachecóis, os gorros e as belas das meias para aquecer os pés. Tive em consideração que iríamos sair à noite daí a primeira vez que comprei umas meias de licra preta finas para estrear.

Não gosto de comprar coisas apenas para uma ocasião. Talvez as meias serão abandonadas na gaveta num futuro próximo, talvez as darei à minha filha, talvez irão para o lixo mais cedo do que penso. Não quero pensar nisso. Pensar é estar doente dos olhos, como diz o Caeiro.

E foi nesse pequeno caderno que dediquei a carta mais longa à pessoa que ainda não existe. Espero que quando a leres percebas que estou a falar de ti pequenina. E espero que a tua mãe mais tarde perceba a intenção daquela carta. Espero que a tua mãe Joana e o teu pai Bruno percebam que a nossa amizade foi tão grande que durou o tempo suficiente para não me esqueçer daquele pequeno caderno que te irei oferecer no 17º aniversário. Espero que gostes miuda, porque agora que tenho 17, a caminhar para os 18, imagino que não irás gostar de ler, nem ter paciência para coisas 'antiquadas' que eu e a tua mãe amávamos no tempo de elas existirem.

Espero que a tua mãe te leve ao teatro antes de teres 17,espero que ela te conte as nossas histórias de miudas, e espero que ela te incentive a escrever muito, porque senão, vais ter uma tia chata-bacana que te irá visitar e estar contigo às horas de almoço para tomar-mos um café e falarmos da tua escola e dos teus amigos. Espero passar fins-de-semana contigo e espero relembrar-te que escrever aos amigos é importante. É essencial.

Por favor não faças a cabeça da tua mãe em água porque ela é uma excelente pessoa, mas certas coisas não lhe cabem na cabeça.

E não te esqueças de lhe pedir de vez em quando um abraço e de lhe dizeres que a amas. Eu queria fazer isso mas ainda não posso. Quando ela me vier buscar à escola no carro dela (um dia destes) e me apresentar o teu pai, logo lhe ofereço um desses abraços e digo-lhe que a amo. Até lá miuda espero que te apercebas que tudo isto tem um sentido. Espero quando cresceres, teres a oportunidade de leres um post dum blog e que me perguntes mais tarde como foi a nossa adolescência.

Quando quiseres podes sempre me ligar ou mandar uma mensagem que eu estarei aí para te afagar as lágrimas ou para passarmos uns tempinhos juntas. Primeiro terás de pedir à tua mãe, mas ela irá deixar de certeza. Ela é uma pessoa compreensiva. Tem muito amor para te dar. Não te admires quando nasceres e eu te for ver à maternidade, e chorar que nem uma criança e te querer pegar ao colo a toda a hora. Tens de compreender estas coisas. Afinal de contas és a filha da minha melhor amiga. És o meu pequeno orgulho que há tanto espero conhecer.

Um dia, daqui a alguns anos lembra-te de me pedires uma fotografia da tua mãe no casamento dela, para as duas rir-mos e dizer-mos 'Que linda!' estava ela naquele vestido de noiva. Apesar de sempre pensar que a tua mãe nunca iria casar, desta vez tenho a certeza, e acho bem que assim o seja.

O teu pai quando te vir vai ficar radiante. Ele é muito querido, vais gostar dele de certeza.

Ah uma coisa muuuito importante miuda. Não te vais safar de ser do Sporting nem de ires com todos nós ao estádio de Alvalade ver muitos jogos para mandarmos bocas e ver petardos no ar, enquanto os ouvidos doem. Por favor, não me sejas do Porto. O Sporting já é nosso desde a adolescência. Uma vez eu e a tua mãe ficámos horas a conversar ao telefone quando ela foi ver o Sporting com o Porto (se não me engano) e acredita que nunca mais me vou esqueçer. Ela depois conta-te.

Não te quero maçar mais os miolos mas quero muito contar-te isto que ando a sentir, porque quando receberes aquele caderno e leres este post, eu já vou ter uns 30 e tal anos, talvez quarenta e a tua mãe também. Já não vou ter 17 anos como agora, e é importante teres alguém que partilhe as tuas experiências e que perceba o que estás a sentir.

Quando quiseres ir estudar para Londres ou para outra cidade europeia qualquer, já sabes que podes falar comigo primeiro se tiveres medo de falar com a tua mãe Joana. Eu percebo-te e ajudo-te a convencê-la se tal for necessário. Mas nada de abusares da sorte sua malandra. Já não vou ser adolescente portanto já estás avisada.

Para te sentires mais à vontade nestes assuntos não te esqueças de ver o Diário de Briget Jones e de leres 'A Rapariga das laranjas' e 'A Lua de Joana'. Vais adorar o 'Fazes-me Falta' e outros livros que a tua mãe se irá encarregar de te aconselhar. Ela adora os livros da Margarida, tal como eu. Não te esqueças de ir a um video clube e pedir pelo 'Avatar' 'Armmageddon' e pelo 'Pearl Harbour'. Por favor, quando a tua mãe te comprar um mp4 ou ipod ou que houver de novo nessa altura ( de certeza que a tecnologia estará bastante avançada), pede-lhe algumas músicas do tempo dela para ouvires quando andares de comboio ou de autocarro. Ouve música, sim? É tão bom. Vai ao teatro e vai à discoteca abanar o capacete, pelo menos uma vez na tua adolescência. Se apanhares uma bebedeira já sabes que estarei aqui para te amparar, ou se algum desgraçado acabar com o vosso namoro eu irei atrás dele. Tal como te estou a prometer agora.

Sei que vais estar linda miuda. Quando tiveres 17 vais ter os olhos fortes da tua mãe. Espero que herdes tudo de bom e mau dela. Espero que sejas tão diferente dela mas tão igual. Trata de lhe dar uns beijinhos de vez em quando e de tirares uma tarde para ires às compras com ela. E pede ao teu pai para ires fazer a tua tatuagem com ele. É mais seguro. O teu avô fez isso com a tua mãe.

Sê feliz e não te esqueças de dizer à tua mãe, que eu estarei à espera dela no Rossio para irmos tomar café antes de eu ir trabalhar.



Um beijinho grande,



Com amor,

Tia Mariana.

fevereiro 08, 2010

confusões da nossa cabelça

Não percebo isto de estar apaixonada. Nem sei se estou apaixonada. Uns dias acho que gosto, outros sinto um vazio enorme que me consome e me diz que não gosto por mais que olhe para ele. Hoje tive a sensação de derreter perante o seu olhar, por entre o cruzar dos seus olhos verdes com os meus por dois segundos. Soube tão bem. Senti uma ligação especial que não vou perder tempo a explicar. É demais.

Tenho saudades de ser abraçada por alguém, que me dêm beijinhos no pescoço e que me digam que estão ao pé de mim nesse instante. Já lá vai muito tempo desde a última vez que tal aconteceu e já sinto falta, que penso que sou alguma freak a tentar conquistar o mundo de alguém.

Talvez seja paranóia. Talvez não. A minha explicadora disse-me que não precisamos de procurar muito, que o homem que nos pertençe verdadeiramente acaba sempre por aparecer, mais tarde ou mais cedo. Mas de vez em quando sinto um laivo de ansiedade e impaciência por pensar que essa hora já devia ter chegado, e não chega.

Talvez seja paranóia. Talvez não. E por isso me estou borrifando para as celebrações de dias de namorados.

Tenho pena do rapaz que viu a namorada trair-lhe com outro, e que ainda assim não sente remorso apesar de tudo o que acontecera. Sinto admiração por ele. Espero algum dia encontrar alguém assim.



fevereiro 07, 2010

school trip


Odeio fazer e desfazer malas de viagem. Eu percebo que é o processo essencial para se viajar e que sem elas estaríamos perdidos, mas é uma tarefa TERRIVELMENTE entediante -.- Esta manhã fui cuidadosamente buscar a minha mala azul de viagem à garagem na esperança de enchê-la com tudo o que necessito sem esforço e contentamento. O facto é que não pus tudo o que queria e por mais que me sentasse em cima da mala ela não se fechava.

Os fechos teimavam em não querer encontrar-se num único ponto até a mala de compactar em si mesma e ter um ar normal de quem está pronta para ir para o aeroporto.


Resultado desta luta: dedos quase em carne viva, e uma mala a abarrotar que nem bochechas cheias de comida e ainda assim sem tudo o queria pôr lá dentro.



Espero que de Praga para Portugal a tarefa seja mais fácil. Por favor, tirem-me deste pesadelo x.x

fevereiro 05, 2010

reacção 2


Mas não ligou nenhuma -.-



Ou pelo menos não mostrou mais do que olhares sorrateiros x.x

fevereiro 04, 2010

fevereiro 03, 2010

emoções


Os dias preferidos variam consoante o que sentimos. Há dias em que me apetece espancar alguém, outros só me apetece ficar aninhada nos braços da minha mãe. Há dias que me apetece ligar-te, outros que um par de estalos fazia falta.

Hoje não foi o meu dia preferido. Mas foi bom. Simplesmente correu bem , quando pensei que a apresentação de português ía ser um desastre. Mas..tomei a decisão de acabar com os medos e saltar para lá do muro. Atrever-me a dormir num banco de jardim pelo menos uma vez na vida. Dá-me vontade de rir, de às vezes ter medo de admitir de quem gosto. Porque tenho medo e pronto. Não gosto de andar aí a espalhar aos sete ventos de quem gosto para todos comentarem. É o mal de muita gente. Mas felizmente tenho conselheiros e conselheiras bons (a).

Os Domingos trazem-me sempre um tom adoçicado à semana que se aproxima e à semana que passou. Gosto das manhãs calmas em que me levanto da cama , tomo um banho e me aninho a ver televisão ou a ler um livro. Gosto de acordar a best com uma mensagem, ou levar o pequeno-almoço à minha mãe.

Gosto da melodia do som da chuva na rua e saber que não tenho que me expor ao frio por muito tempo. Gosto da sensação do amor, quando tudo está calmo. Gosto de mimos, gosto da imagem de um abraço. Gosto de saber que há gente que tem força suficiente para um dia casar e mostrá-lo a toda a gente numa cerimónia. Eu não tenho. Ainda não tenho. Tenho medo.

Eu gosto das terças-feiras quando o meu pai está em casa. Gosto tanto de tê-lo em casa que chega a ser milagre poder dar-lhe um abraço. Gosto da minha mãe nos dias em que chega a casa com um sorriso e quando brinca ao jantar, mesmo já tendo quase 60 anos. Adoro a minha irmã. Adoro os meus irmãos.

Adoro a minha melhor amiga. Gosto de berrar com ela, e ajudá-la nas aflições. Gosto das folgas e gosto dos dias da semana que são nostálgicos.

Gosto dos dias que se passam tão depressa porque foram bons. É essa a sensação que se tem quando gostamos de algo com muita força.

Mesmo e a sério.

Hoje não foi o meu dia preferido, mas foi bom.




p.s amanhã vou oferecer um ovo kinder ao rapaz de quem gosto com muita força. Só porque é quinta-feira.

fevereiro 02, 2010

conquistas


Along the way we think we never change our attitude about some things in life. É mentira. É sempre mentira quando mentes ao saber que isso poderia perfeitamente acontecer no teu consciente. É de facto difícil pensares que nunca te vais apaixonar por alguém que estás farta de ver e olhar e sentir. É mentira pensares que amanhã não vais finalmente publicar o teu livro de ficção para crianças. É mentira!

Pára um segundo e pensa. Quando vais no comboio, seja na viagem que fazes todos os dias, ou de vez em quando, à noite, durante a manhã ou durante a tarde, pensa e vais chegar à conclusão que é tão simples como alguém que ofereçe um chocolate a alguém que gosta. Não te convenças do contrário. É sempre possível quando amas de verdade uma coisa.

Eu pensava que o rapaz estava perdido, pensava que nunca mais iria entrar numa Igreja porque tinha medo da verdade que Deus me contou há 9 anos atrás quando o padre me benzeu. The boy's gone. Eu pensava que nunca iria recuperar a amizade da Ju, que nunca iria conhecer alguém como a Joana Teresa, eu pensava que ía morrer sem conheçer todos os mistérios da vida. Eu pensava que não ia ter coragem para me apaixonar por um rapaz que toda a gente "vê", eu pensava que iria perder a minha mãe. Eu pensava que nunca iria ler um livro inteiro numa noite. Eu pensava que não existia. Que ninguém iria dar pela minha falta...até me apaixonar.

Ele tem o dom de me pôr assim. Estúpida. De ter vontade de surrateiramente pegar nas sapatilhas de pontas e me pôr a dançar pelo quarto enquanto o fingimento distrai os outros da atenção dos meus desejos. Eu pensava tanta coisa e cheguei aqui.

Eu apaixonei-me e às vezes tenho vergonha mas vou continuar em frente mesmo que faça figura de idiota e todos me chamem lamechas. EU pensava que não era assim e é. Pensava que estava longe , que tinha desaparecido.




Be so happy with the way you are

Just be happy that you made it this far

on be happy now.

Please be happy now.




Finalmente acordei e vi que havia luz nos olhos de alguém. I fall in love.

fevereiro 01, 2010

" a mulher gorda"


Em dias de festa corre sempre tudo como a gente não está à espera. É o que acontece todos os santos anos na Escola Salesiana de Manique. Para pessoas como eu, que sempre acharam que a Missa era tempo de curtar pulsos enquanto ouvíamos um pavilhão de miudos a orar, a festa de S. João Bosco é um dia inesperado.

Mas lá reza a tradição que nunca chove e foi o que aconteceu. Bem o sol já lá estava, depois veio uma Missa que foi tudo menos orar contrariado. Cantámos e brincámos e lá lá lá que nem crianças.

Depois, entrega de medalhas para o pessoal do Quadro de Hora Excelência e Mérito. É claro que não subi ao palco para receber, mas tudo serviu de desculpa para ver o Bimbo tocar bateria. Não há que adorar?

Hora de almoço---- PIZZA na cantina. O que é que esperavam mais amigos? Os dias de festa são dias de festa e mesmo a celebrar o Joãozinho Bosco (como dizia o padre) nós nos atrevemos a devorar duas fatias de pizza que nem morcões (apesar de ter dado uma aos rapazes que conseguem ser piores que nós).

Á tarde a gritaria começou, e lá fomos nós para o auditório para o concurso musical. Tenho a dizer que não suporto a impressão que tenho nos ouvidos e a minha voz, onde já vai! Depois de não sei quantos berros e aplausos e tudo e mais alguma coisa pelas outras turmas (sim porque a figura do Carlos vestido à Alentejano matava qualquer um de riso), seguimos nós. Em cima do palco, vestidos com capas universitárias, com viola, jambé, pandeireta, e as vozes das meninas dos dois lados e os meninos no meio (o Bimbo no centro), lá enfrentámos os medos e foi altura de cantar a mulher gorda com tudo o que tínhamos.

Apesar das modificações nas músicas que íamos cantar e da desilusão da professora Sílvia, lá lhe dedicámos umas estrofes na música e ela ficou surpreendida até o queixo baixar na barriga :D

É bom ter surpresas destas. É bom celebrar festas destas, por mais ridículo que seja o tema. Por mais apaixonados que estejemos por meninos que tocam bateria, viola e que nos agarram nos braços para indicar o lado para onde devemos abaná-los para fazer apoio às outras turmas. É bom por mais parvinho que pareça, sussurrarem-nos ao ouvido ou sentir uma mão tocar-nos por 2 segundos que seja quando desejávamos essa sensação há tanto tempo.

É bom por mais velhos que sejamos, por mais carecas, infantins, in love e completamente mocados que estejamos.

Vale sempre a pena quando a alma não é pequena.