Se eu conseguisse pisar as folhas húmidas da floresta e pudesse conversar à noite com os mochos, seria a rapariga mais feliz do Mundo. Talvez seja porque me traz uma paz que não consigo explicar.
Há músicas que dizem que construímos o nosso próprio mundo de magia porque a nossa vida real é trágica. Sim, é falsa. Tenho a certeza absoluta do sangue que me corre nas veias quando respiro o ar frio e húmido da rua. Tenho a certeza absoluta que eles fingem. Eles fazem de conta que não estão a ser observados porque hagem como a sua própria vaidade os conduz. Gostava de conseguir atingir um pouco da sua frieza e egoísmo, mas ficaram retidos na estação de comboios. Não quiseram largar a pequena aldeia que lhes serviu de lar e que ainda espera por eles todas as noites.
Sim. Eu fingo e vejo tudo turvo. Vejo o meu rosto pouco nítido a balançar no pouco movimento do pobre riacho que atravessa a pequena floresta encantada.
Vejo ao fundo a correr a menina com asas de borboleta e ela apercebe-se que o tempo escassa e lhe vão roubar o urso de peluche.
Ela corre. Corre rápido. Deixando para traz a velha imagem da floresta encantada, onde ela esteve a brincar há instantes. Ela corre como se fosse o último gole de ar que fosse ingerir.
E de súbito pára. Vê-se perdida e sozinha no meio do caminho, porque viu as flores e os frutos coloridos recuarem.
Viu os pequenos pós mágicos do ar se desvanecerem, os labirintos cobertos de criaturas mágicas se difundirem numa aragem fresca que varreu a floresta em segundos.
Parou porque finalmente se apercebeu que o que ela viu à sua frente era bem melhor que a realidade. E por isso não viu. Sonhou. Ela vê um mundo coberto por um pano negro, mas ainda assim partiu para a aventura e tentou riscar o azul dos seus olhos e descobrir um mundo bem melhor do que o que os nossos pés pizam.
Não existem príncipes mas existe sabor a Verão. Existem tartes de framboeza, café quente no Inverno e existe aconchego dos que amamos.
Não existem princesas, mas existem pequenos cursos de rio suave pelos bosques, Igrejas onde se fecham os olhos e se reza durante segundos, e pequenas folhas de linhas onde te posso banhar em tinta e proclamar palavras de silêncio para te descrever o que vejo à minha frente.
Há músicas que dizem que construímos o nosso próprio mundo de magia porque a nossa vida real é trágica. Sim, é falsa. Tenho a certeza absoluta do sangue que me corre nas veias quando respiro o ar frio e húmido da rua. Tenho a certeza absoluta que eles fingem. Eles fazem de conta que não estão a ser observados porque hagem como a sua própria vaidade os conduz. Gostava de conseguir atingir um pouco da sua frieza e egoísmo, mas ficaram retidos na estação de comboios. Não quiseram largar a pequena aldeia que lhes serviu de lar e que ainda espera por eles todas as noites.
Sim. Eu fingo e vejo tudo turvo. Vejo o meu rosto pouco nítido a balançar no pouco movimento do pobre riacho que atravessa a pequena floresta encantada.
Vejo ao fundo a correr a menina com asas de borboleta e ela apercebe-se que o tempo escassa e lhe vão roubar o urso de peluche.
Ela corre. Corre rápido. Deixando para traz a velha imagem da floresta encantada, onde ela esteve a brincar há instantes. Ela corre como se fosse o último gole de ar que fosse ingerir.
E de súbito pára. Vê-se perdida e sozinha no meio do caminho, porque viu as flores e os frutos coloridos recuarem.
Viu os pequenos pós mágicos do ar se desvanecerem, os labirintos cobertos de criaturas mágicas se difundirem numa aragem fresca que varreu a floresta em segundos.
Parou porque finalmente se apercebeu que o que ela viu à sua frente era bem melhor que a realidade. E por isso não viu. Sonhou. Ela vê um mundo coberto por um pano negro, mas ainda assim partiu para a aventura e tentou riscar o azul dos seus olhos e descobrir um mundo bem melhor do que o que os nossos pés pizam.
Não existem príncipes mas existe sabor a Verão. Existem tartes de framboeza, café quente no Inverno e existe aconchego dos que amamos.
Não existem princesas, mas existem pequenos cursos de rio suave pelos bosques, Igrejas onde se fecham os olhos e se reza durante segundos, e pequenas folhas de linhas onde te posso banhar em tinta e proclamar palavras de silêncio para te descrever o que vejo à minha frente.
She lives in a fairy tale
Somewhere too far for us to find
Forgotten the taste and smell
Of the world that she's left behind
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