julho 30, 2014

Irmãs de Sangue

O cão fugiu-me. Corinne surpreendeu-me com a sua ajuda para o segurar. Houve sorrisos. Sábado tomaríamos o pequeno almoço juntas.






julho 29, 2014

O Manuel e eu temos um segredo. Os burros não saberão nada.

julho 28, 2014

Estação de Luanda no fundo do comunicador

O mar hoje assemelhava-se a uma fotografia, anos sessenta. Havia um corpo de uma mulher numa blusa esboçando Tucanos de Bico Arco-íris coloridos.
O calor ultrapassa a escala, e lembro-me que logo passarás aqui de carro para me beijares de noite.


julho 27, 2014

Yaka

Eu sempre dizia que me custava despedir-me de uma narrativa. A viagem a África passou a correr, e de alguma maneira sentia-me aliviada pela brevidade das coisas más que lera acerca do território vermelho que testemunhara tantas injustiças. A viagem de Tabucchi não seria diferente, ainda mais atribulada e sobre lotada por se passar na Índia.
No meu coração já morava Yaka. O próximo desafio.



julho 26, 2014

Irmãs de Sangue

Pudemos atravessar Carcavelos imaginando que atravessáramos a África de que Laura falava no café. Maputo não era longe de Gaza onde o parque e a quinta de Jéssica se situa. Um dia voltaríamos. Fizemos planos de juntar dinheiro para nos visitarmos mutuamente em Londres e Amesterdão. Mais tarde comendo o chouriço de carne assado e os pickles saboreámos o verão. Os poucos minutos que tínhamos juntos, mas que valiam a quantidade das estrelas moçambicanas.

julho 25, 2014

O Manuel nasceu em Luanda. Diziam-lhe que tivera sido pintado de cal branca. Chorou durante anos. Reconheci o seu desejo de conhecer Angola antes de morrer, e quis partilhar Paul Theroux consigo.
Na continuidade os ânimos levantaram-se. Não paravam de me perguntar o nome. 
Ser novo é ser estranho.



julho 24, 2014

Último comboio para a Zona Verde

"Argumentei para mim próprio que a experiência física é a única realidade verdadeira. Eu não queria que mo lembrassem, nem desejava ler sobre isto em segunda mão. Não queria ver fotografias nem estudar o tema num pequeno ecrã de computador. Não queria que me pregassem sermões. Queria viajar dentro desta consciência e que ela me arrastasse, como acontecia hoje, neste tempo enfático, muito quente, as avalanchas de luz e de calor a conferirem uma ausência de vida visível - agora muito nítida, e toda a vitalidade destruída".


Recordar


julho 20, 2014

Buganvílias

Já não assistia a um Domingo assim. Sentámo-nos no café sob o sol das cinco da tarde e li a peça sobre o Ruanda. O ano de 1994 estava longe, mas perto estavam as memórias. Corri a rotina de Pires de Lima e prometi que revia Grace do Mónaco para quebrar a crítica. A melhor resulta das emoções pessoais. 


julho 19, 2014

"Um colono, uma bala"

Sábado está encoberto. De carro na serra com Rodrigo e Miguel a madrugada respondeu acelerada aos nossos gritos. Parecemos miúdos com sonhos altos a visitar a realidade tripartida da quinta em Cascais. O nevoeiro era intenso, estávamos ambos sem pressa de chegar a casa. A vida num instante é isto: redonda.



julho 18, 2014

Algumas razões de Julho


















Amigos. Animais. Natureza. Cultura. 

julho 17, 2014

Alguém passou-te ao lado

O meu gato contorna os corredores da casa e dirige-se a mim cada vez que chego a casa. O Manuel no seu novo livro descreve uma manhã clara, imitando Musil n'O Homem sem qualidades. Este sofá saberia melhor com a tua presença, mas Theroux está em cima da mesa embora eu tenha sono e me faltem forças para continuar a narrativa.
Neste momento andamos à deriva na Cidade do Cabo e o calor rebenta. Afinal até estamos perto uns dos outros.

julho 16, 2014

Depois das Laranjeiras

Que estás longe,

Hoje ouvimos sons de um acidente quando estávamos sentados na mesa do café e eu varria a entrevista de Wes Anderson com os olhos. 
Não te poderei nunca explicar a sensação de querer dormir depois de concretizar.
Hoje concretizei a manhã inteira no arquivo e saciei-me.
Depois daquela semana onde acordávamos no meio do silêncio ainda sinto falta. Continuo a carecer de coisas diferentes, e de pequenos detalhes de adrenalina na existência das coisas.
Caminhar todos os dias de transportes para aquela sujidade da estação de metro do Colégio Militar não é aprazível, mas conduz-me até àquele quadrado onde aprendo tanto.
O Manuel diz que é espião e que eu terei ainda mais cultura.
Por agora satisfaz-me, até doer.


O Manuel é insensível e espião. Depois procurei as estrelas em redor do Farol da Guia, e encontrei brácteas rosa choque nos passeios de Cascais. Bebemos café às escuras.


julho 13, 2014

Por perto














Chamei-lhe de Doce de ameixas e caracóis. Ruca e Boss. O holandês e o sol a bater nas costas.

De momento

julho 12, 2014

Também há palmeiras na Ericeira





























































































"Hapiness is a call, why do you wait for a long time?"