dezembro 31, 2011

New Year's Eve

É mais um princípio que vem aí. São novas esperanças. São vidas renovadas e amizades que se agarram a nós com força, porque nasceram para ter força junto de nós. É um novo ano. São novos dias. Novas coisas, novos Nós (: Feliz 2012!*

dezembro 19, 2011

If I die before I wish

Se eu partir sem respirar fundo. Se eu for na rapidez da morte sem te provar e sem explorar os vales da minha existência. Se eu não cruzar a esquina que se atravessa a meus pés não serei capaz de ter vivido como eu própria o sei. Não terei vivido com as pontas dos pés alteadas no cima do monte pronta para abraçar o vento crépito que embate no rosto e queima a pele enquanto os olhos choram. Se eu correr vai fazer alguma diferença?Se eu subir cada degrau e deixar a desgraça vai importar para quem? Quem julga, quem atropela a nosso juizo não quer saber do mundo cruel. Quem mente em ocisão e quem faz da mentira uma vida nunca se encontram. São labrintos diferentes e eu caminho mais para a um do que para outro. Não é o limite da vida que colocas à frente do prato. Nós somos todos nós. E já provaste a vida quando ela é amarga? Se eu chorar pelo que nunca há-de vir e cumprimentar o passado com um sorriso será que chega?Será que nos aplaudem quando somos tudo o que podemos ser desdenhando a mentira e albergando o perdão nos nossos olhos?São os nossos rostos que encontramos em todo o lado em todos os segundos que contam nos relógios de quem ama. Eu não te facilito, tu não me facilitas. Fazemos o que tem que ser feito sem perceber que a vida pode magoar às vezes. Não é esse o objectivo. E se eu morrer sem desejar? Se eu for além da linha, quando tudo o que há debaixo dos nossos pés são pequenos traços? É condenar a existência ou morrer feliz? É ser ou nunca ter sido? Eu prefiro amparar a ignorância que me veste de felicidade do que nunca ter saboreado o perdão e a verdade. A vida assim é a vida.

dezembro 18, 2011

as peças não encaixam mãe

Erramos tantas vezes e o pior é que erramos em todos os sítios errados.

dezembro 16, 2011

Barco negro

Existem presenças esmagadoras no escuro. Que nos removem a alma e nos tiram aquilo que não podemos mais dar. Pedem-nos perdão e perguntam-nos que tipo de mundo é este onde sobrevive o escuro e a luz não dá de si. Somos tantos e no fim restamos tão poucos. Somos uma minoria que não se esconde e percebe do trabalho duro que é sermos fortes. E nada na força nos distingue dos outros senão o que medimos nas palavras e na acção do corpo quando o choque nos aterra na frente dos olhos. E nunca vais dizer que o que arriscares de ti parece bem porque existem presenças no escuro que nos arrastam por ruas frias e nos matam como humanos desprezados. Não é só o tempo que te vai ajudar a crescer, não é apenas a dor que te esmaga o corpo nem o carinho de cada palavra que te pronunciam ao ouvido. Vais dizer que quando plantaste as sementes te não lembravas da dor que te ia perseguir como um carro em aceleração mas ela vai-te definir e vai-te encostar à parede quando mil olhares se impuserem em ti. É assim que vais-te tornar no que vem escrito nos livros da verdade. É assim que vais-te tornar na pessoa que Deus quer que sejas. Na pessoa que encara o ridículo e atropela os cérebros desalinhados que te passam pelas mãos. Tu és melhor. Tu vais ser melhor e não insistas que vai ser pior, porque ao fim de algum tempo a dor que é tanta, que dizes matar-te o coração, ela não desaparece. Faz ainda melhor. A dor pára de te consumir e tu consomes a alegria de seres mais e de lhes seres mais. Estas são as sementes que tu plantaste. Este é o teu futuro. Um caminho melhor para a verdade e para a compreensão da vida que se farta de pedir desculpas quando tudo começou por um pedido em silêncio e que foi abraçado pela mentira.

dezembro 14, 2011

Esta é a nossa sorte

Esta é a nossa sorte. A que vem agarrada aos sítios das coisas. A que permanece implacável dentro do coração do destino. A sorte que abarca luzes que cegam intelegência dos fortes e torna felizes os vencedores ignorantes. São caminhos pouco fáceis que recebem uma benção. São paragens no tempo onde os corpos irtos olham imensamente para os olhares e detestam a solidão. A nossa sorte é sermos nós, como somos. Pertencer-mos a nós mesmos e sentir-mos o que somos até esgotar-mos a alma de vida. A nossa sorte não cabe na gaveta mas anda dentro dos nossos bolsos. É ao sermos todos nós que conseguimos carregar tamanha liberdade. E o que vês é o que os outros não vêem. E o que tocas é o que os outros não sentem. E o que parece extinto trazes ao de cima no dia em que reparas num anúncio publicitário no metro e quando descorres que os pássaros cantam e é em voz alta. Esta é a tua sorte comigo. Um paladar doce que não se esquece nas noites que fugiram da loucura. A tua sorte faz a minha e eu sou eu porque tu apareceste nela. Quando te apercebes que o pé bateu no chão e que há cantares mágicos que te penetram o líquido do olhar tu choras e aí vês que és feliz. Não é singular. É o plural de nós mesmos. É o vermo-nos do outro lado da vitrine com rastos de tinta da tua existêncio. É um reconhecer do cheiro quando os olhos não dispertam e o sol manchou as paredes. E quando caminhares em vez de andares os pés não vão doer. Quando olhares em vez de observares vais perceber a beleza de um sorriso comparada com a beleza de um choro. Não vais parar porque a sorte não te vai deixar atrever a tal. Esta é tua sorte. Sacana, ladra,a que te salvou de uma outra vida sem mim. De uma outra vida onde o Nós existe e onde não há cheiro livre e palavras soltas. Aqui tu escreves, lá há vazio. Aqui tu podes ser o que sempre sonhaste ser, lá a sorte maldita não te traz nada, roubou-te de mim.

dezembro 01, 2011

embrace yourself

Em vez de pensares na pessoa que devias ter sido lembra-te do vinho velho que mora nas pipas da adega. Não te arrependas das tuas cores. És um previlégio com raízes e marés e tudo o que conquistares é teu e está marcado nas tuas mãos. Não sobrevivas de arrependimentos e de sentimentos de culpa. O vinho passa anos sem lhe sentirmos o gosto e vive feliz. Abraça a ignorância nas melhores circunstâncias e não devas nada à felicidade. Ela foi-te destinada! És o melhor que poderias ter sido e continua assim este Natal :)