maio 30, 2010
maio 28, 2010
theatre
O teatro espreita pelas cortinas e ouve-nos. Todos ouvimos falar do teatro e ele sempre nos escutou com atenção. Os factos parecem mostrar o crescimento da margem que alberga a falta de motivação para o ouvirmos de novo. A paixão está a morrer. Parecemos ter esquecido o seu significado e ele fala-nos sempre para nos contar a sua história.
Ele nasceu para dar voz ao povo e para dar corpo ás histórias que os dramaturgos sonharam em tempos. Os dramaturgos sofreram com a separação do público e o facto é que a vida económica instável dos criadores do grande teatro do homem cresce à velocidade que o pano abre e fecha sem esperar pelas palmas que alimentaram o coração dos actores.
Observa um pequeno maneio que acompanhado de um jogo de luzes se torna numa farsa tão próxima da realidade. Não só se faz arte pelas notas da música e pelas mãos que seguram o pincel. A estética manifesta-se pelo movimento dos corpos, a ordem da fala que grita mais alto no resto do mundo. Tristes ficariam Shakespeare, Dantas ou Garrett por saberem que a alma lusitana se perde e denúncia a sua derrota no gosto pela arte teatral.
O teatro deve ser adulado porque graças a ele podemos fazer história com a própria História. Através da panóplia de emoções, da corrente de ideias que compõe o chão gasto do palco, nascem percepções do mundo que ficam nas paredes e nos bancos vazios que há poucos minutos escutavam o teatro a falar. A sala fechou.
O teatro ama o público. O teatro é destinado ao público. Prova disso são os monólogos interactivos que apelam à curiosidade dos indivíduos, e os levam a sentar-se para mais um espectáculo, que acaba com uma salva de palmas.
Um soslaio de ironia ou comédia curam o mal dos corações estrangeiros e é por isso que o teatro é arte. Ele faz-se a si próprio através do artista.
A verdade reside apenas nos teatros que já só enchem por admitirem falência nos bilhetes gratuitos que satisfazem a nossa vontade de ano para ano. Não obstante, ainda existe uma rodilha de esperança nas salas lisboetas que aplaudem O Rei Édipo por Diogo Infante ou Boa noite Mãe por Guida Maria e Sofia Alves.
A arte ainda se agarra às carteiras inocentes daqueles que sofrem do mal de amar e que hoje em dia tem um cura cada vez mais próxima. Desde então o teatro ganhou relevo. É possível dizer que o trouxemos para a vida e pudemos deixar as críticas de lado e mostrar que a vida tem muito para oferecer ao teatro. O teatro ainda tem um coração que bate. Lentamente mas bate.
E é com esta realidade que o teatro ainda se vai despedindo com emoções poucas, emoções doces que lembram aos que viveram no seu tempo que a sua memória é o melhor que este pode deixar. Ele deixa-nos relatos verdadeiros, escritos nos diários da história que remontam aos antigos e aos grandes fiéis da arte.
E sim, aplaudo o teatro, porque hoje ele faz anos.
maio 27, 2010
vontades
eu acho que não me importava de dançar ao sabor do vento durante uns minutos. só mesmo porque todos mereçemos de vez em quando.
maio 25, 2010
maio 22, 2010
ainda chegas atrasada
Despacha-te que o cesto ainda está cheio.O Sol ainda está de pé e a seguir podemos ir dar um mergulho no rio antes da feira começar. Não te esqueças de trazer o chapéu que eu te ofereci que eu venho com o teu vestido de Agosto passado.
secrets-one republic
maio 21, 2010
borboleta
eu saí de um casulo
para mostrar as asas que tenho
é tudo o que me deram
porque agora não possuo engenho
estou num vazio
sem fundo.
e só preciso, que me estiques o braço com força
me puxes com amor
pra fora deste buraco
e me digas que agora é a hora
de me pintares de cores
as tuas cores de pintor.
existem pessoas sem asas e sem coração
que lavam os olhos da porcaria que fazem
eu posso voar porque tenho asas
e sou grande porque tenho um coração
tão grande
que o céu queima
e deixa as ervas à beira do rio
da grande e magnífica paisagem.
saiu-me
maio 19, 2010
Walk the Line
Bring... bring it home? All right, let's bring it home. If you was hit by a truck and you was lying out there in that gutter dying, and you had time to sing *one* song. Huh? One song that people would remember before you're dirt. One song that would let God know how you felt about your time here on Earth. One song that would sum you up. You tellin' me that's the song you'd sing? That same Jimmy Davis tune we hear on the radio all day, about your peace within, and how it's real, and how you're gonna shout it? Or... would you sing somethin' different. Somethin' real. Somethin' *you* felt. Cause I'm telling you right now, that's the kind of song people want to hear. That's the kind of song that truly saves people. It ain't got nothin to do with believin' in God, Mr. Cash. It has to do with believin' in yourself.
maio 17, 2010
acreditas?
Quando és empurrado para um poço sem fundo pensas que não te vais levantar. São essas guerras que nós perdemos que nos tiram o chão que tanta falta nos faz. O chão que nos outros dias se desfaz que nem algodão doce ao som dos nossos passos. Hoje posso-te dizer que saí desse poço. Já não tenho medo de lutar com todas as espadas e espero que um sorriso de mostre o quanto te agradeço. És o meu lar, e espero que o futuro me traga as muitas das oportunidades que quero ter para te dizer que te amo. És o meu modelo. A minha melhor amiga. Obrigada meu Anjo.
YESSSS
maio 15, 2010
all the right moves
Enquanto me conduzias pelo braço agarrado à minha cintura, levavas-me pelo grande salão imaginando que este estivesse vazio. Desenhavas estrelas no tecto e transformaste o chão numa grande nuvem onde eu podia tocar com os pés sem me sujar. Eras aquele que me fazia guarda perante os perigos do mundo. Salvaste-me de todas as hispocrisias e fantasias quebradas durante estes anos todos. E ainda assim sinto que não te conheço. Por onde é que andas? Sinto que a máscara que apresentaste naquele salão agora tomou cor e posse de todos os olhares à tua volta e agora escondeste-te mesmo. Não tenhas medo porque desta vez vou estar preparada para te guiar em todos os passos que errei e me ensinaste a dançar.
Agora já estou preparada e vou-te ensinar o que há muito me ensinaste e deixaste no canto da minha boca.
maio 13, 2010
maio 12, 2010
há trabalhos que até valem a pena
Vou-te contar uma história. A minha história. A do meu maior amor. Quando tinha quinze anos, há uns anos atrás, a minha cabeça estava invadida por festas, amigas. As festas que se enchiam de cor com os balões, os bolos e chocolates, prendas, gente por todo o lado, pinturas, caças ao tesouro, os meus amigos e principalmente os meus pais. Mas não, nada servia os meus desejos ou o que eu imaginava durante a noite em sonhos. Nada corria como eu planeava ou o que julgava planear. E não, não lhe chamo “idade do armário”! A minha festa foi passada em casa, no quarto a fazer de conta como as crianças fazem e a camuflar mais uma das discussões dos meus pais, enterrada na cama, com os auscultadores nos ouvidos e a cabeça enfiada na almofada.
Desde sempre acontecia. Ocorria desde que a minha cabeça se recorda. Desde que a minha avó se lembra, e provavelmente desde que os meus pais se conhecem… Sempre houve discussões, que se desculpavam nas divisões das tarefas, na disputa do papel principal na casa, ou melhor dizendo, quem ganhava mais. Depois, como se o barulho ensurdecedor não bastasse, o meu pai, vendo que começava a perder forças nas batalhas pretendidas com a minha mãe; quando se apercebia da sua falta de argumentos alusivos ao que ele chamava de “neuroses de meia-idade” batia-lhe. Guerreava com a força que tinha no corpo. Primeiro, começou com um empurrão, aos meus inocentes quatro anos, segundo os relatos da minha avó. Depois seguiam-se estalos e insultos cada vez piores. Insultos que magoavam a cada dia que passava. E do que me recordo melhor, remonta aos meus 6 anos. Tenho uma visão do meu pai fechá-la no quarto, pegar num cinto e fechar-se com ela na divisão. Ela gritava, gemia com a dor do toque to cinto na sua pele e, o meu pai impunha um grito mais alto, numa tentativa imbecil de abafar os pedidos de socorro dela. Os vizinhos não davam a palavra enquanto a minha avó transformava o acontecimento numa farsa, e eu com a idade que possuía não tinha a liberdade na consciência para agir mais do eles podiam fazer e chamar por ajuda, até porque todos sabiam que dias depois, (por vezes horas) já a minha mãe pedia desculpa, assumia culpas de tudo o que fosse preciso e submetia-se novamente aos caprichos do meu rico pai.
Ora a minha festa, deu-se nesse momento, com uma discussão, sobre o lugar onde seria, quem iria, a comida que deveria haver, acabando por ficar decidido com um: “Estás com problema resolve-se já, cancela-se tudo e acabou!”. E poucos argumentos havia para o que de seguida se dizia: “ a egoísta, mimada, egocêntrica, interesseira…” Tempos atrás, sentia pena pela minha mãe. Disse-lhe inúmeras vezes para o largar, mas ela repetia-o sem respeito por si própria. Afirmava que pensava em mim e que o amor pelo meu pai era superior a tudo, sem intenções de a magoar. Eu parava perplexa, sem palavras, e renunciei o meu dever de amiga e de filha e nunca mais me prenunciei sobre esse assunto.
A minha infância fora passada entre as brincadeiras falsas do peão e das pequenas corridas em frente ao quintal da minha casa. Eu fingia sem chão conhecer o mundo e cada vez mais me camuflava nas árvores, nos pássaros e na atenção que dava aos outros. Guardava dentro de mim o acumular de tentas discussões e esquecia ao fim de um tempo. Acabava por ignorar todos os sinais nos lanches na casa da minha avó ao som da música da época, nas visitas de estudo da escola e nas pequenas amizades que fazia. Umas verdadeiras outras falsas. Mas todas elas contribuíam para esquecer a destruição do meu lar em pequenina até que cresci e tornei-me uma pequena mulher. A minha adolescência proeminente caçava olhares de rapazes especiais, alimentava-me do gosto que tinha pela música e saltava o muro para roubar laranjas à vizinha do lado direito. Era a “rapariga das laranjas” que certo dia conheceu o rapaz que se tornou a razão da sua alegria. Na escola tudo era diferente. Mudei-me. Queria esquecer todas as mágoas que me faziam recordar a dor dos gritos que suavam pelas paredes daquela casa e assim que ingressei no novo liceu algo me chamou a atenção. Ao entreter-me entre os estudos e os concertos de música tinha espaço para ele. Ele, que me enchia de novas esperanças e me levava a ver o rio.
Levava-me a comer um gelado enquanto me pedia o contacto e eu na simpatia daquele pedido, dei-lhe. Sem restrições. Nessa mesma noite, falámos, e recordo-me dos seus elogios. Maquilhava-me de poucas perguntas. Isso fazia-me gostar ainda mais dele. E enquanto a história, a biologia e o inglês se ocupavam de mim durante as manhãs, as tardes eram preenchidas na sua companhia. Balançávamos ao sabor do vento, e muitas vezes a minha avó entrevia nas minhas indecisões. Levava-me a crer que aquelas horas passadas com ele me fariam perder o rumo que pretendia e que apenas não passava de um romance. Todas estas dúvidas lembravam-me sempre da minha mãe e do meu pai.
Nessa altura ainda era jovem, e nos verões que se seguiam esqueci-o. Enchi-lhe o coração de palavras más e anunciei a minha desistência. Ocupei-me de projectos para me fazer crer que aqueles dias que pareceram meses não preencheram o meu coração. Entre o trabalho no aquário e as horas extra na loja de roupa na cidade eu dava uns pulinhos pela praia e avistava o mar. Tomava conta de tudo o que pudesse ver e ouvir para um dia me tornar mulher, longe da mulher que via na minha mãe. Não queria essa influência e no último verão antes da faculdade decidi seguir em frente e dedicar-me ao meu curso.
Conheci gente que me ocupou de novo o coração, e que me fantasiava de pequenas saídas, experiências que me fizeram concretizar a revolta que há muito esperava ter.
Fui sendo livre e conquistei o meu lugar na sociedade. Recordo-me de noites ouvir as suas palavras dizendo que não iria desistir de mim, que por entre os caminhos que caminhámos o nosso destino havia de se encontrar num deles num futuro próximo. Num futuro.
Meses passaram e eu desenhava cruzes no calendário. Cresci ao ponto de aprender que todas aquelas agressões só me fizeram impor de novo as minhas opiniões. As entrevistas de emprego tornaram-se alvos fáceis de abater. Era feliz e tudo o que pensava ser transformou-se nalgo totalmente diferente, mas algo novo. A “rapariga das laranjas” tornou-se uma mulher com interesses e finalmente segui o meu rumo.
Continuei a ver os meus amigos de faculdade. Dias não passavam em que não houvesse um café ou uma discoteca combinada para um fim-de-semana em que a cabeça precisasse de descanso. Partíamos em busca de novas aventuras porque a idade nos permitia, e nessa altura chegava-me ao coração um pequeno aperto que não conseguia compreender. Acabava por esquecer e me dedicar ao trabalho. Era jovem e tinha tanto para dar como tinha no dia do meu nascimento. Tudo. Foi algo doloroso e a mágoa que restou que me fez ver que nada é etéreo.
Passados 20 anos, tudo mudou. A minha visão do mundo, a minha personalidade e o meu carácter modificaram-se. A maturidade que ganhei desde os quinze anos à beira-rio, a convivência com outras pessoas além do meu núcleo familiar, principalmente da minha avó e da minha mãe, e as experiências vividas fizeram-me ver que a vida esconde muitos segredos quando temos quinze aninhos. As experiências e as memórias que restam delas moldam-nos e constroem-nos. Claro, que o que aconteceu na minha infância faz parte de mim e também influencia o modo como olho o rosto de quem me rodeia mas não me constrói inteiramente. Apenas foi um pedaço do coração que espera ser preenchido num dia destes.
Às vezes cruzo o olhar pelo café enquanto espero que o empregado se lembre que pedi um capuchinno. É o que faço tantas vezes agora que cheguei de tão longe para me encontrar com o destino.
Quando senti o gosto do café e o pousei na chávena os meus olhos cruzaram-se com uns olhos castanhos grandes. Fortes e foi aí que me apercebi da sua presença. Agora explicava o pequeno aperto no coração.
maio 11, 2010
chamar a si todo o céu com um sorriso
que o meu coração esteja sempre aberto às pequenas
aves que são os segredos da vida
o que quer que cantem é melhor do que conhecer
e se os homens não as ouvem estão velhos
que o meu pensamento caminhe pelo faminto
e destemido e sedento e servil
e mesmo que seja domingo que eu me engane
pois sempre que os homens têm razão não são jovens
e que eu não faça nada de útil
e te ame muito mais do que verdadeiramente
nunca houve ninguém tão louco que não conseguisse
chamar a si todo o céu com um sorriso
dá-me 5 min
Apetece-me ser diferente. Colocar uma máscara e fingir que os meus dedos tocam noutra realidade. Apetece-me fugir pelas arestas que restam da porta e piar baixinho para que ninguém note a minha ausência. Só espero que enquanto te iludes nas tuas ocupações e os teus olhos se enganam nesse teu mundo, eu possa escapar ilesa e participar numa peça completamente diferente. Fazer de conta que sou outra, completamente diferente.
Não te mexas dai. Dá-me só 5 minutos.
Prometo não faltar mais do que isso.
maio 08, 2010
Tennyson
"Tears, Idle Tears"[7]
Tears, idle tears, I know not what they mean,
Tears from the depth of some divine despair
Rise in the heart, and gather to the eyes,
In looking on the happy autumn-fields,
And thinking of the days that are no more.
Fresh as the first beam glittering on a sail,
That brings our friends up from the underworld,
Sad as the last which reddens over one
That sinks with all we love below the verge;
So sad, so fresh, the days that are no more.
Ah, sad and strange as in dark summer dawns
The earliest pipe of half-awaken'd birds
To dying ears, when unto dying eyes
The casement slowly grows a glimmering square;
So sad, so strange, the days that are no more.
Dear as remembered kisses after death,
And sweet as those by hopeless fancy feign'd
On lips that are for others; deep as love,
Deep as first love, and wild with all regret;
O Death in Life, the days that are no more
Tears, idle tears, I know not what they mean,
Tears from the depth of some divine despair
Rise in the heart, and gather to the eyes,
In looking on the happy autumn-fields,
And thinking of the days that are no more.
Fresh as the first beam glittering on a sail,
That brings our friends up from the underworld,
Sad as the last which reddens over one
That sinks with all we love below the verge;
So sad, so fresh, the days that are no more.
Ah, sad and strange as in dark summer dawns
The earliest pipe of half-awaken'd birds
To dying ears, when unto dying eyes
The casement slowly grows a glimmering square;
So sad, so strange, the days that are no more.
Dear as remembered kisses after death,
And sweet as those by hopeless fancy feign'd
On lips that are for others; deep as love,
Deep as first love, and wild with all regret;
O Death in Life, the days that are no more
maio 07, 2010
Another time, Another place
Num lugar diferente eu encontrei pedaços de ti a pairar no ar. Não, eram particulas de calor que deixavam transparecer a tua silhueta pequena, um pouco desfocada, real. É longe que se vive melhor. Cheguei à conclusão que existem pessoas ignorantes que vivem mais felizes que o resto das pessoas do mundo. Eu acho que sou um pouco como elas. Sou um bocadinho ignorante. Não consigo ler os lábios de ninguém, e não consigo ser má por Natureza. Muitas vezes ando no mundo da lua e como a minha melhor amiga diz sou ingénua muitas vezes. Eu acho que as árvores não se queixam nem as flores. Eu sei que é mau querer ajudar toda a gente e abusarem de nós como burros de carga, quando temos plena consciência dessa realidade, mas há dias que só me interessa um abraço, um café na esplanada ou um avacalho com os melhores. Existem dias que não sinto o corpo ou tenho uma dor aguda no cimo das costas. Agora apetece-me um abraço bem apertado sem palavras, sem nada. Um abraço. Aqui não existem pessoas que carregam o sol no peito. Não dizem olá a quem passa na rua, nem emprestam uma caixa de fósforos decentes.
Quando encontrei alguém que está iluminada e procura sempre o caminho certo como os girassóis ela disse-me que as coisas só deixam de existir quando deixamos de acreditar nelas. E ela tem razão. Eu acredito num lugar assim, onde eu posso dar-te um sorriso e abanar o rosto enquanto avanço em direcção ao cinema para apreciar um filme. Felizmente tenho pessoas fantásticas na minha vida. Pessoas que me fazem rir. Já reparaste que não existem pessoas suficientes no planeta que restituam a produção alimentar e a regeneração da natureza a seu tempo? Estamos a perder recursos e ninguém se preocupa em fazer um mundo melhor. Eu acho que faço um pouco, mas muito pouco. Aquele lugar bem lá no fundo só é do conhecimento de alguns e só alguns olhos o reconhecem como a sua verdadeira casa. São os olhos de quem quer ver realmente e tem um coração forte.
Os meus olhos são fracos mas ainda sonho com esse lugar e tento puxá-lo cá para fora para que os sacanas que destroem a vida da gente se apercebam que um dia não vão ter papel para limpar o cu todas as manhãs.
A realidade é esta e poder sonhar com outra bem melhor alivia-me a dor nas costas e o corpo em stand by.
E hoje apetece-me um abraço. Um abraço diferente.
maio 06, 2010
maio 04, 2010
chegou
Toda a vida desejaste algo muito muito muito até caires no chão com as lágrimas a escorrerem-te pelos olhos? A mim já. Não são precisas muitas coisas para me fazer feliz. É só preciso um pouco da música certa, a energia certa e as pessoas certas. As melhores para mim. E desde miuda sempre desejei ter o aspecto de uma princesa. Agora bem sei que as coisas não são assim. Há dias que as árvores parecem não ter vida e os sorrisos fogem dos rostos para se guardarem para um dia de sol em que os apetites estejam no mood certo. Hoje não. Esteve sol e posso-te dizer que finalmente caí ao chão e realizei o sonho de pequenina. Consegui ter a única coisa que um dia sonhei ter num único dia da minha vida. Há coisas que me satisfazem por completo, e se existem uma delas é usar um diadema no dia do meu baile de finalistas =$
Obrigada
maio 03, 2010
vivias sem música?
Hoje tive um teste de Português e na produção escrita tinhamos de escrever um texto sobre a música. Não me consigo lembrar exactamente do que escrevi, mas foi algo assim :
Vivias sem música? Não.
A música está presente nos escombros das casas de todo o mundo. Desde sempre que ouvimos música, fazemos música e matamos a música. As coisas mudaram e a música sempre mudou com as coisas. Precisamos da música para sobrevivermos. Ela é a história. Desde muito cedo que se faziam músicas sobre a história. Músicas que contavam pequenas histórias do mundo e acontecimentos que nunca mais foram esquecidos. Como a música "Grândola Vila Morena" do 25 de Abril ou "We are the World" da USA for Africa.
Foram músicas que marcaram o olhar dos portugueses e das crianças africanas para sempre. São músicas que não são esquecidas e que permanecem no chão das casas, nos muros e nos campos velhos das ruas antigas.
Por outro lado, precisamos da música como éter espiritual. Sem ela não sobrevivemos diariamente e se aliciarem um bebé a ouvir um estilo de música, ela crescerá a dizer que essa música a marcou para a vida. Os bebés, as crianças, os adolescentes, adultos e velhos. Toda a gente precisa da música. Todos os dias assistimos a manifestações de cariz musical que nos seduz e que marcam cada momento da nossa vida.
A música. Liberdade como metáfora para a acção do homem. A música permanecerá nos nossos dias, na rádio, na televisão ou nos telemóveis. E quando matarmos a música de vez, ela irá vingar-se nem que seja pelo piar de um passarinho.
Há sempre música entre nós.
maio 02, 2010
wonderland
Best
E mesmo quando os dias perderem a cor a que nos habituámos
Vamos voar no meio da multidão.
Tu pegas a minha mão e eu grito o teu nome
Num momento de explosão fingimos não ter chão
Eu vou feliz
Tu vais comigo
As nossas vozes juntam-se no desespero de saltarmos daqui
Deixaremos de lado o mundo em que vivemos
Procuramos o nosso lugar
É lá que os sonhos têm importância
E que os desejos desenham os nossos actos
Eu vou dizer-te que és mais que o resto
E tu, num silêncio profundo
Olhas-me nos olhos e beijas-me o rosto.
É a prova que te pertenço
Que me amas com amor.
É neste sítio longe onde nós nos encontramos. Obrigada gorda :$
The Last Song
Por mais ridiculo que nos possa parecer há filmes que fazem chorar uma sala inteira. Não as personagens, não são as músicas, são as palavras que são ditas ao mesmo tempo que a música toca e que são proferidas pelas personagens. Existem histórias de amor nos filmes que são tudo menos fantasiosas e por muito que digam que são ridiculas, a mim satisfizeram-me por uma noite:)
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