janeiro 04, 2014

De repente lembrei-me da pasta da rapariga de 1999. Do pedaço de passado que viera parar às minhas mãos. Depois no canto do café, com a chávena meio cheia, com a história de Amara a meio por ler nos minutos seguintes, e as folhas rascunhadas, desordenadas, de apontamentos de alguém que pertencera ao mesmo instituto universitário que eu.
Agora a rapariga teria os seus trinta e tal anos e já se esquecera das letras. Por outro lado podia viver delas.
O que interessava era a pasta com os elásticos já gastos, e as marcas da ferrugem no cartão. A tinta variando entre o azul e o preto. As folhas rosadas, outras pautadas e ainda fotocopiadas de livros antigos.
Esse dia ventoso, onde pesquisei a pasta com discrição no banco de jardim do pátio ventoso e no café com ligeira música a tocar, ficou em mim como os pássaros que rilrreavam sem darem pela minha presença no dia em que passeei o cão já de noite pela rua.
Um acaso feliz, com alguma história pelo meio.
Onde estaria a Rita por agora?


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