janeiro 05, 2014

Acordar com a morte de alguém. O teu quarto está escuro, porque ainda não subiram as persianas. Apenas há vestígios de uma luz cinzenta que avisa o tempo lá fora. Cá continua tudo concentrado e simples.
Depois a pessoa olha para o aparelho, não o rádio que está ligado com a antena enorme que se estende quase até ao tecto, e apercebe-se da morte de alguém.
Ele não me pertencia. Não me morreu como a minha avó. Mas morreu em alguém e de alguém. E agora o estado lá fora transborda cá dentro.


1 comentário:

  1. A morte de alguém, mesmo que não seja nossa, marca sempre o dia com tristeza.

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