Gosto de ser generosa. Gosto de alimentar os corações. Porque nem todos nesta vida vestem a camisola e entram em campo. São muitos os que não sabem amar. Portanto, eu dou-lhes um empurrãozinho.
Voltemos ao amor.
novembro 30, 2012
novembro 29, 2012
porque afinal
às vezes acho que nunca me vou desabituar de ti. Que nunca vamos chegar a ser a coisa comum que éramos antes de nos amarmos. Mas agora sei que já não somos raros juntos. Que remotamente, daqui a algum tempo, vamos olhar para nós como nos olham agora de fora e vamos respirar normalmente. Vamos passar um pelo outro sem abastecer o coração de ânsias, sem tremer as pernas e sem engasgar-mo-nos com o ar da tensão que existe entre nós. Lá, nesse fundo, o tempo já não vai aleijar e já vamos ser capazes de passar mais longos minutos fora da existência um do outro. Lá, vai ser tudo mais fácil, mais normal, menos obsceno e confuso.
E quando nos abraçarmos, sorrir vai ser possível sem nos querermos agarrar mais que o permitido, sem que os ponteiros do relógio nos cerrem a audição lembrando-nos que amanhã pode não haver tempo para nos vermos, e beijarmos e amarmos. Amanhã pode ser impossível, ou podemos não ser capazes. Pode-nos fugir essa possibilidade do amor. Podemos esquecer como era quando nos amávamos e querer voltar atrás para recordar. E íamos deixar. O tempo ia deixar. Mas-lá- nesse futuro, já não nos vai custar. Vamos olhar-nos com amizade e o tempo já não vai ter quebras. A tua presença já vai ser mais confortável, porque já não vais ser tu o único oxigénio nesse ar.
O teu olhar e o teu sorriso já não vão estar ao despique de outro alguém, porque aí já não vai ser uma luta. Já saíste de dentro de mim. Já não vou ter que te reclamar. Já não vou ter que te recuperar, porque a nossa amizade nunca se vai perder. Aí nunca nos vamos perder. Não me vou morrer no teu pensamento, como muitas vezes antes o tinhas feito. É por essa mesma razão, que às vezes penso que nunca te vou desamar. Que nunca te vou ter numa zona segura. Contigo era um perigo constante. Era um risco saboroso. E nesse amor, que perturbava as almas calmas, nós éramos febris e dávamos pontapés nas impossibilidades dele mesmo.
Lá, vai ser seguro. Vai ser banal. Ao contrário do sol que te batia nas janelas de casa depois da madrugada que passávamos juntos e que detestava ir-se embora.
Mas, por enquanto, andamos para a frente e para trás. Porque ainda nos precisamos. Ainda nos aleijamos um sem o outro. E ainda há perigo por aí. Mantém-te por perto. Vai-te mantendo por perto.
E quando nos abraçarmos, sorrir vai ser possível sem nos querermos agarrar mais que o permitido, sem que os ponteiros do relógio nos cerrem a audição lembrando-nos que amanhã pode não haver tempo para nos vermos, e beijarmos e amarmos. Amanhã pode ser impossível, ou podemos não ser capazes. Pode-nos fugir essa possibilidade do amor. Podemos esquecer como era quando nos amávamos e querer voltar atrás para recordar. E íamos deixar. O tempo ia deixar. Mas-lá- nesse futuro, já não nos vai custar. Vamos olhar-nos com amizade e o tempo já não vai ter quebras. A tua presença já vai ser mais confortável, porque já não vais ser tu o único oxigénio nesse ar.
O teu olhar e o teu sorriso já não vão estar ao despique de outro alguém, porque aí já não vai ser uma luta. Já saíste de dentro de mim. Já não vou ter que te reclamar. Já não vou ter que te recuperar, porque a nossa amizade nunca se vai perder. Aí nunca nos vamos perder. Não me vou morrer no teu pensamento, como muitas vezes antes o tinhas feito. É por essa mesma razão, que às vezes penso que nunca te vou desamar. Que nunca te vou ter numa zona segura. Contigo era um perigo constante. Era um risco saboroso. E nesse amor, que perturbava as almas calmas, nós éramos febris e dávamos pontapés nas impossibilidades dele mesmo.
Lá, vai ser seguro. Vai ser banal. Ao contrário do sol que te batia nas janelas de casa depois da madrugada que passávamos juntos e que detestava ir-se embora.
Mas, por enquanto, andamos para a frente e para trás. Porque ainda nos precisamos. Ainda nos aleijamos um sem o outro. E ainda há perigo por aí. Mantém-te por perto. Vai-te mantendo por perto.
novembro 28, 2012
aos passantes
é impossível fingir-se que se ama. Ninguém mente o brilho e a tempestade nos olhos, o adormecer leve dos corpos encostados, a alegria esboçada no vermelho dos lábios quentes. Ninguém mente isso. Ninguém mente o amor. Ninguém finge o amor. É à prova da mentira.
novembro 27, 2012
armações novas
É nestes dias que tenho a certeza que precisas de mim. Quando me afogo em aventuras dispersas e nem reparo que estás aí. Quando me esqueço de ti para ser eu. Quando te deixo de lado e volto à literatura, à minha escrita, à minha vida fora de ti, diferente de ti. É nesses minutos desesperados antes da tua chamada que me apercebo que existes e vais sempre precisar de mim. Não sou eu que tenho que precisar de ti. Eu não preciso de ti. Ninguém precisa de alguém que lhe tire as forças e lhe faça sentir cega dos pés à cabeça. Ninguém precisa disso. De palhaços e de fardos pesados. Ninguém quer isso na vida.
Só os loucos que vivem do amor e de poemas embriagados.
Só os loucos que vivem do amor e de poemas embriagados.
novembro 26, 2012
a coisa descomplicada
Hoje estou sólida. Estou como o vento. A explodir de razão e imaginação. Hoje estou em mim.
novembro 25, 2012
mundo segundo
Às vezes o passado volta como uma chama acesa. E deixa-mo-nos ficar. Porque afinal faltava isso. Faltava o calor do passado voltar.
start over again
Não sei o que é a morte. Acrescentando o facto de não saber o que é ter medo da morte. Não a sei. Não a provei. Não a espreitei. Mas se tivéssemos que escolher ficávamos todos do lado de cá a rebentar de orgulho e a exacerbar sorrisos.
Sei o que é ter medo de perder a vida. De faltar ao espectáculo das luzes. De perder um dia. Sei o que é sentir o mundo com amor e gratidão e por isso tenho medo de o perder. Não é errado gostar da vida, e viver em vez de existir. Viver é raro, como dizia a Eunice Munoz. Nem toda a gente vive. Nem toda a gente vê, apenas olha.
Sei gostar de andar de comboio, de proibições e de paixões. Sei gostar de literatura, aventura e amor. Sei gostar mais que desgostar.
E por muito que não saiba o que a morte é, continuo a desprezá-la e a preferir a vida. É cá que tudo acontece. É cá que tudo pode recomeçar. É cá. Cá.
Sei o que é ter medo de perder a vida. De faltar ao espectáculo das luzes. De perder um dia. Sei o que é sentir o mundo com amor e gratidão e por isso tenho medo de o perder. Não é errado gostar da vida, e viver em vez de existir. Viver é raro, como dizia a Eunice Munoz. Nem toda a gente vive. Nem toda a gente vê, apenas olha.
Sei gostar de andar de comboio, de proibições e de paixões. Sei gostar de literatura, aventura e amor. Sei gostar mais que desgostar.
E por muito que não saiba o que a morte é, continuo a desprezá-la e a preferir a vida. É cá que tudo acontece. É cá que tudo pode recomeçar. É cá. Cá.
novembro 24, 2012
o amor é outra coisa
"Quando nos dedicamos de corpo e alma a alguém que amamos, não é demais pedir-lhe que se entregue sem reservas, pois não?" MRP
novembro 23, 2012
xiuu, fala mais baixo
O que me arranha o discurso não são as palavras, mas o "ser" elas, a essência delas. E o que me atrapalha no amor és tu, meu querido, e o teu existir. Porque tal como as palavras também tu te viras do avesso.
Já pensei em desistir dos homens
Já pensei em desistir dos homens.De tanta dor que nos mói já pensei em deixar tudo para trás. Abrir mão disto tudo que já nem acredito ser amor. Porque é uma fome que não se chega a matar e um oásis que nos seca, afoga, corrói só de olhar. Já pensei desistir desta coisa que são os homens. Do que nos prometem e nos tiram. Do que nos cantam em voz alta e nos calam fazendo baixinho. Porque assim, amor, não vale a pena. Não te consigo extrair dos outros porque é lá que te demoras a pertencer. Não te consigo encaixar no sítio certo porque no fundo não tens lugar. E depois deste tempo todo, que não chega a acabar, já pensei desistir de ti, e de mim também, e de nós talvez porque já não nos conjugamos no mesmo lugar, e as conjunções deixá-mo-las para alguém de fora as usar.
O que nos une não é mais que um mero vazio que acreditamos ser verdade. E verdades destas, falando a sério, são mentiras. Já me cansei dos homens porque gosto de ti que és uma criança. É isso que não te deixa ser homem. Porque de resto és tudo o que se deseja. Já pensei em desistir dos homens porque na verdade já não vislumbro nenhum. Os meus olhos são cegos aos homens e eternos à criança de ti.
E tu, que me matas a fome de desejo, não podes ser nenhum homem. Nunca com esse ar de miúdo, embora entres pelo quarto a dentro e deixes a infância do lado de fora da tua porta.
Aí, amor, já eu vejo um Homem.
O que nos une não é mais que um mero vazio que acreditamos ser verdade. E verdades destas, falando a sério, são mentiras. Já me cansei dos homens porque gosto de ti que és uma criança. É isso que não te deixa ser homem. Porque de resto és tudo o que se deseja. Já pensei em desistir dos homens porque na verdade já não vislumbro nenhum. Os meus olhos são cegos aos homens e eternos à criança de ti.
E tu, que me matas a fome de desejo, não podes ser nenhum homem. Nunca com esse ar de miúdo, embora entres pelo quarto a dentro e deixes a infância do lado de fora da tua porta.
Aí, amor, já eu vejo um Homem.
novembro 22, 2012
novembro 21, 2012
sucesso
E hoje podíamos fugir e levar a vida connosco. Deixar na cama a frustração e parar de fingir que somos nós sem ninguém. Hoje é um bom dia para fugir. Para acreditar. E quero levar-te comigo. Quero levar o amor ao meu lado. Quero-te comigo. Tanto tanto tanto.
Hoje podemos fugir.
Hoje podemos fugir.
novembro 20, 2012
quis explicar ao mundo o que sinto por ti
"Memories of endless, sensual nights, kisses and caresses, crumpled sheets, his beautiful body, warm mouth, impish smile. So charming. So irresistible. So arduous. That's why you put up with him. Isn't it?"
novembro 19, 2012
xadrez
incomodas.
falas, mas não sentes.
atrapalhas.
seduzes, mas no fundo mentes.
incomodas.
passas.
voltas.
ficas.
mas ainda incomodas.
falas, mas não sentes.
atrapalhas.
seduzes, mas no fundo mentes.
incomodas.
passas.
voltas.
ficas.
mas ainda incomodas.
novembro 18, 2012
é verdade
Eu não gosto de ti, nem estou apaixonada por ti, nem sinto empatia por ti.
Eu amo-te. É uma coisa diferente.~
Eu amo-te. É uma coisa diferente.~
novembro 17, 2012
novembro 16, 2012
heaven is a place on earth with you
A minha esperança no amor és tu.
Tu a tornares-te um homem. A não precisares de olhar em redor, porque eu vou estar do teu lado.
A minha esperança é que tu te tornes homem enquanto eu ainda for mulher.
É a minha esperança. O teu dever.
A minha esperança no Amor serás tu.
Tu a tornares-te um homem. A não precisares de olhar em redor, porque eu vou estar do teu lado.
A minha esperança é que tu te tornes homem enquanto eu ainda for mulher.
É a minha esperança. O teu dever.
A minha esperança no Amor serás tu.
novembro 15, 2012
alibabá
Eu não perco o sono. Apenas não o tenho. E enquanto isso tu divertes-me em aventuras e fascículos de um livro de histórias com vários finais - o nosso é feliz. É isto que se chama dormir acordado.
novembro 14, 2012
caixa de bomboms
Oh miúdo... tens poemas a saírem-te dos bolsos das calças. E depois envergas essa pulseira no pulso. Chutas esses sorrisos leves e essa postura quente. Oh miúdo temos os caminhos cruzados um no outro. Fomos escritos nos livros um do outro. E depois falas baixinho ao ouvido e danças na rua todo querido. E falas como um homem.
Oh miúdo...alguma vez te vou esquecer? Ou é isto que é certo eu viver?
Oh miúdo...alguma vez te vou esquecer? Ou é isto que é certo eu viver?
novembro 13, 2012
alguns lenços de papel
Sabes que tenho saudades de te beijar? Sabes que tenho saudades de te amar? Sabes? Tenho, sim. Era um mau hábito. É um mau hábito. Mas dava-me calor. Dava-me prazer. Dava-me razões para viver. Deu-me Verões inesquecíveis. E tardes incríveis. Deu-me muito por que chorar e sentir saudade. Mas pior que tudo. Deu-me a tua presença a pouca distância, e mesmo assim não te poder tocar.
novembro 12, 2012
janelas fechadas para o frio não entrar
Hoje apercebi-me que tens sido património da minha literatura. Talvez porque os teus lábios sejam como os versos de Camões.
Mas um dia destes o sol já não me vai bater nos dedos e as tuas aventuras vão chegar a um fim.
Mas um dia destes o sol já não me vai bater nos dedos e as tuas aventuras vão chegar a um fim.
novembro 11, 2012
miúdos
Há uma coisa que te vou ensinar sobre a vida. Aprende-se a amar. Tens essa oportunidade. Mas não esperes dar o que não tens e dizer o que não sentes.
Tens tempo para ser homem. Não o finjas ser se ainda és uma criança.
Tens tempo para ser homem. Não o finjas ser se ainda és uma criança.
novembro 10, 2012
eu sei
Há quem não te conheça. Há quem não te encontre. Há quem não te ouça nem te veja uma vez e outra vez e repita as mesmas palavras que eu de que "não existes!". Não há nada que te mudem. Não há nada que te roubem. Porque mesmo sacana, mesmo com pedras no coração hás-de ter sempre os lábios mais doces desta cidade. Hás-de ter sempre o sorriso mais parecido com o paraíso e o toque de mãos mais arrepiante de todos os homens que conheço.
Não há nada que não te satisfaçam. Não há nada que te tirem. Porque hás-de ser sempre assim. Porque hás-de ter sempre esse lampejo e esse brilho nos olhos. Esse rosto irresistível que nos troca as voltas de cada vez que te aproximas no caminho.
Eu sei o que isso é. Isso de ser novo e querer ter tudo. Beijar tudo. Viver tudo. Não nos faltar nada. Não perdermos nenhum comboio. Não faltar a nenhuma festa. Não calar cada música. E não parar por nada. Sempre continuar. Sempre em frente. Sempre, sempre, sempre a paixão em primeiro lugar.
E vai haver sempre quem não te conheça. E quem não saiba, que a ti não te falta nada. Apenas uma coisa. A arte de amar.
Não há nada que não te satisfaçam. Não há nada que te tirem. Porque hás-de ser sempre assim. Porque hás-de ter sempre esse lampejo e esse brilho nos olhos. Esse rosto irresistível que nos troca as voltas de cada vez que te aproximas no caminho.
Eu sei o que isso é. Isso de ser novo e querer ter tudo. Beijar tudo. Viver tudo. Não nos faltar nada. Não perdermos nenhum comboio. Não faltar a nenhuma festa. Não calar cada música. E não parar por nada. Sempre continuar. Sempre em frente. Sempre, sempre, sempre a paixão em primeiro lugar.
E vai haver sempre quem não te conheça. E quem não saiba, que a ti não te falta nada. Apenas uma coisa. A arte de amar.
novembro 08, 2012
balões ao ar
Às vezes aprendo umas coisas. Quando estou aqui e não lá. Quando a cabeça foge de ti e decora umas coisas.
Ultimamente tem sido assim. Há mais frio cá fora e mais calor lá dentro. Agora aprendo umas coisas. Decoro umas coisas, e quando acaba a lição a vida recomeça. E chegas-me tu ao pensamento. Revelaste-te um desafio. Oh rapaz, és um desafio. E de todas as coisas de que tenho aprendido, a que aprendi mais é que o amor cresce com o tempo. Antes, éramos apenas paixão, tínhamo-nos. Agora, depois de algum tempo, já somos um do outro. Já nos sabemos de cor e já nos podemos amar melhor. Já aprendi umas coisas.
Já aprendi que és incrível e que és impressionante. Mas mais que isso eu sou inesquecível e brilhante. E os dois juntos somos um par interessante.
Oh como às vezes se aprende umas coisas.
novembro 06, 2012
cerejas em álcool
És um corpo sadio que vive num paraíso. E em todos os paraísos há luz e sombra. Mas meu amor, queremos os dois o fruto proibido.
novembro 05, 2012
I'm so vain
The first man to compare the cheeks of a young woman to a rose was obviously a poet; the first to repeat it was possibly an idiot.
novembro 04, 2012
hey baby
Quando o despertador toca, o rádio está ligado. Toca um Elvis Presley. Trocam-se uns passos. Irrita-se a chuva com uns sorrisos e umas gargalhadas caem na cama.
Somos mesmo tontos. Atrevo-me a dizer que somos mesmo loucos. Mas há uma certa razão na loucura.
Somos mesmo tontos. Atrevo-me a dizer que somos mesmo loucos. Mas há uma certa razão na loucura.
novembro 02, 2012
give it away
Os meninos mimados já não fazem parte da lista. Chega. O que é que esperavas? Que houvesse sábados às quartas e vestidos às quintas? Agora ando de pijama e pantufas. Cabelo despenteado e pés descalços quando apetece. Afinal de contas o que está mandado para o lixo não tem nota no guarda-roupa.
Bang Bang baby, you're dead.
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