junho 30, 2014
Teresa
A Teresa perdeu o filho. Abraçou-se a mim no dia da Feira olhando de esguelha para o quadro dos que estavam para adopção e perguntou pelo meu nome. O seu já sei, não esqueço. Teresa
junho 28, 2014
Marechal Carmona
Na Feira dos Animais vê-se de tudo. Vê-se rostos felizes. Vê-se abundância, felicidade. Procura-se o Cão de Sonho. Mas o pior de tudo é o que se ignora. Os que ficam à espera sob o calor da tarde para que os adoptem, os que sofrem o sorriso apenas passageiro de alguns que visitam o parque, e aqueles que nem sequer os privilegiam por não terem raça.
Hoje tive a confirmação dos dois piores tipos de pessoas. As snobs, que acham que se lhes tocarmos no Pedigree magoaremos o animal. As bestas quadradas que idolatram Retrievers e Pastores Alemães porque têm raça, são cães da moda, são os únicos que podemos mostrar nos jantares de família.
Um dia quando a humanidade puser o dinheiro de lado, e compreender que todo o animal merece uma casa, e não apenas o mais bonito, estaremos melhor.
Por enquanto continuamos assim. A fingir que tudo isto não acontece.
Hoje tive a confirmação dos dois piores tipos de pessoas. As snobs, que acham que se lhes tocarmos no Pedigree magoaremos o animal. As bestas quadradas que idolatram Retrievers e Pastores Alemães porque têm raça, são cães da moda, são os únicos que podemos mostrar nos jantares de família.
Um dia quando a humanidade puser o dinheiro de lado, e compreender que todo o animal merece uma casa, e não apenas o mais bonito, estaremos melhor.
Por enquanto continuamos assim. A fingir que tudo isto não acontece.
Razões de Junho
A morte do meu cão
O sorriso do meu cão
Frustração académica
Murakami
José Eduardo Agualusa
Grisham
O Jack
Tom Hanks
Penny Dreadful
Céu estrelado
O repórter Japonês
Tracy de Devon
Postcrossing
A dª Mili
Rosário da Bulgária
Sonhos vívidos
Férias
Mundial
O meu cão, para sempre o meu cão
O sorriso do meu cão
Frustração académica
Murakami
José Eduardo Agualusa
Grisham
O Jack
Tom Hanks
Penny Dreadful
Céu estrelado
O repórter Japonês
Tracy de Devon
Postcrossing
A dª Mili
Rosário da Bulgária
Sonhos vívidos
Férias
Mundial
O meu cão, para sempre o meu cão
junho 27, 2014
junho 26, 2014
Bani-me de pensamentos. Louis Armstrong abria a garganta lá ao fundo enquanto eu pedia um café simples. Em todas as cidades se pedem cafés simples quando chove. Hoje chovera ruidosamente e as irmãs de sangue esperavam-me no hotel. Conseguíramos finalmente passar um Natal em Londres sem a presença de quem já nos tinha definido a infância.
Esperei com alguma relutância enquanto vigiava a gabardina vermelha no banco do lado. Tinha um medo terrível de ser roubada, mas ao mesmo tempo ansiava pequena por uma acção.
O café veio rápido, quente, justo.
Se soubesse que iria contra tal nunca teria entrado no estabelecimento. Há sempre imensas desculpas quando nos estragam algum pedaço de roupa.
Esta era a primeira camisa que comprava com o meu dinheiro, e fincaram-me a compra.
Acho que era inglês. Tinha um sotaque carregado e vestia o típico fato ou vestimenta algo conservadora que distinguimos nos países mais antigos e bem educados da Europa.
Depois de me prometer que me compraria uma camisa nova, levou-me pelo parque, Regent's Park recordo, enquanto eu andava alheada a observar as árvores.
Era tarde e eu tinha que regressar.
A viagem só terminou no Natal e no minuto doloroso do aeroporto. Beijou-me sem reprimendas.
junho 25, 2014
junho 24, 2014
Não sabia onde colocara a vida. Estou a dois passos e vejo-a passar. Estou tão definida por fora, e por dentro a minguar.
Sempre achei que não seria diferente. Que a vida se encarregaria de me levar aos mesmos sítios que os outros da minha geração. Continuo a considerar que não sei onde está o amor. Onde está alguém que me idolatre o corpo. Quando essas lembranças de encontram tenho medo.
Perco a motivação. A rua está mais fresca que nunca. A paisagem irresistível. Faminta para viver.
No entanto estou parada. Há uma parte de mim que para e pede para deixar estar parada.
O canto. O meu lugar.
Sempre achei que não seria diferente. Que a vida se encarregaria de me levar aos mesmos sítios que os outros da minha geração. Continuo a considerar que não sei onde está o amor. Onde está alguém que me idolatre o corpo. Quando essas lembranças de encontram tenho medo.
Perco a motivação. A rua está mais fresca que nunca. A paisagem irresistível. Faminta para viver.
No entanto estou parada. Há uma parte de mim que para e pede para deixar estar parada.
O canto. O meu lugar.
junho 23, 2014
junho 22, 2014
junho 21, 2014
junho 20, 2014
junho 19, 2014
Buzz
Tenho que ser sincera e dizer que este verão não será o mesmo. Vejo as cores tão assumidas nos mesmos sítios, os livros da estação aparecem. Fui à livraria e bebi pela primeira vez um café. Comprei postais. Passeei de carro. Conheci mais pessoas com mais histórias. Deixei os demónios para traz. Torci por uma equipa. Desejei novos projectos, e tive vontade viajar, mas ainda há um vazio.
Há o teu vazio quando chego a casa. A ausência que me impede de dormir à noite. O som das tuas patas pela casa, e os beijos que eu te dava todo o dia.
Os últimos dias não estavam a ser fáceis, e ninguém estava feliz. Ninguém festeja a dor de um amor assim.
Tenho saudades tuas. Tenho saudades e medo de dizer o teu nome. Tenho saudades da tua teimosia e brincadeira.
Tenho saudades da rotina, e sinto-me ridícula por achar que a vida agora já não se faz sem ti.
Tenho saudades sim? Daquelas que não passam, doem, massacram, e só queria que passasse.
Há o teu vazio quando chego a casa. A ausência que me impede de dormir à noite. O som das tuas patas pela casa, e os beijos que eu te dava todo o dia.
Os últimos dias não estavam a ser fáceis, e ninguém estava feliz. Ninguém festeja a dor de um amor assim.
Tenho saudades tuas. Tenho saudades e medo de dizer o teu nome. Tenho saudades da tua teimosia e brincadeira.
Tenho saudades da rotina, e sinto-me ridícula por achar que a vida agora já não se faz sem ti.
Tenho saudades sim? Daquelas que não passam, doem, massacram, e só queria que passasse.
junho 17, 2014
junho 15, 2014
junho 12, 2014
junho 11, 2014
Querido Anjo,
Os dias são cada vez mais difíceis. Não digo pelo tempo. A Primavera tem vingado e já tinha grandes saudades de abrir os braços no jardim e ser beijada pelo ar. Mas ele não está bem. A condição não humana magoa-me mais que os meus pares.
Ele não está bem. O seu olhar triste e a debilitação deixa-me também triste. Eu rezo. Fecho os olhos no escuro de noite, e tento não ouvir o silêncio da dor dele. É pior que tudo. Faço o que for preciso, mas quando não houver mais saída, já não serei mais eu.
Morre-me uma parte por dentro.
Os dias são cada vez mais difíceis. Não digo pelo tempo. A Primavera tem vingado e já tinha grandes saudades de abrir os braços no jardim e ser beijada pelo ar. Mas ele não está bem. A condição não humana magoa-me mais que os meus pares.
Ele não está bem. O seu olhar triste e a debilitação deixa-me também triste. Eu rezo. Fecho os olhos no escuro de noite, e tento não ouvir o silêncio da dor dele. É pior que tudo. Faço o que for preciso, mas quando não houver mais saída, já não serei mais eu.
Morre-me uma parte por dentro.
junho 10, 2014
junho 09, 2014
junho 08, 2014
junho 07, 2014
junho 06, 2014
junho 05, 2014
junho 04, 2014
junho 03, 2014
Montes Claros
Regressar ao sítio onde já fomos felizes nunca é um erro. É superar o sentimento. Comprovar a genuinidade do lugar.
Como a serra faz bem.
Como a serra faz bem.
junho 02, 2014
Junho sara
Eu dedilho o jardim à procura de filosofias, mas acabo por perceber que me rego pelas árvores. Elas dão o seu melhor. Comparo o movimento das árvores e das aves que serpenteiam o ar, e concluo que quem ganha é o vento.
Ele leva e traz todas as respostas que se procura. Basta caminhar até ao fundo da rua, pisar os arbustos, as ervas secas, observar a ligeira pressão das patas do meu cão sob a relva protegida pelas sombras das folhas das árvores pequenas.
Estão em chão tremido, mas isso todos estamos.
Estamos de frente ou de costas para a batalha. O que interessa é lutar.
Ele leva e traz todas as respostas que se procura. Basta caminhar até ao fundo da rua, pisar os arbustos, as ervas secas, observar a ligeira pressão das patas do meu cão sob a relva protegida pelas sombras das folhas das árvores pequenas.
Estão em chão tremido, mas isso todos estamos.
Estamos de frente ou de costas para a batalha. O que interessa é lutar.
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