novembro 09, 2013

Olho para mim. Olho para o corpo. Para o que já não é só a súmula da felicidade. Olho para a rapariga que olha agora para o copo cheio do galão e que sente o corpo cansado. Agora rezo. Perco alguns momentos a pensar como seria se tivesse permanecido naquela Igreja em Praga. Tenho de lá voltar. Agora revejo o amor. Percebo que antes essa realização era um bocado simples que nos enchia a alma, e agora amor? Que fazemos se não estamos na mesma sala?
As paredes estão frias. Estive a esfregar os rodapés com um pano quente. Nem isso alivia a estação dentro de casa sem ti.
Agora que fazemos, se eu já não sou a miúda que só imaginava? Agora sou a mulher que quer a pele dos teus dedos macios por cima dos meus ombros. Podemos não fazer amor. Só fechar os olhos em silêncio, enquanto o galão ainda está quente.


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