novembro 12, 2013

Já te contei porque choro?

A mulher à minha frente chorava aos tropeções dentro do café agitado. Eu olhava-a nos olhos, ouvindo as confissões, ouvindo o ruído do passado, e queria estender o braço e agarrar-lhe a mão. Queria, silenciosamente, mostrar-lhe que apesar da diferença de idades, eu estava ali, calada, sempre pronta a guardar segredo.
E no caminho para casa, na viagem detestável de comboio quis dar o nome dela à minha filha.
Ao que viria de nós depois do amor, e do sexo.





7 comentários:

  1. Uau, consegues sempre chegar a um ponto maravilhoso no final.
    Gostei mesmo.

    Beijo :)

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  2. 'Queria, silenciosamente, mostrar-lhe que apesar da diferença de idades, eu estava ali, calada, sempre pronta a guardar segredo.' esta frase é tão eu. gostei*

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  3. Somos tão complexos, juntamente com todos os nossos sonhos.
    Gostei de ler*

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  4. Oh, sabe tão bem ouvir isso, obrigada. Tens sempre palavras fantásticas, quer aqui, quer essas, no comentário :)

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  5. Que querida, agradeço essas palavras :)
    Uma grande terapia, eu adoro café.

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