O homem sentado no cais penteava-lhe os cabelos com
teorias universais. Ela estava longe, à distância das estrelas. Falava-lhe
entre discussões, de como seriam os homens de outras viagens.
Seria possível que os caminhos os magoassem tanto
no futuro, da mesma forma como os tinham juntado no passado? Ela não parara de
insistir na ideia de os seus caminhos chocados e quebrados, depois de ouvir o
que as constelações lhe diziam. Lembrava-se do toque dele, já maduro sobre a
pele dela. O amor que faziam devagar no cais, depois do trabalho, dos navios.
Diferentes rotas de navegação que os dirigiam ao
mesmo sítio, e agora que falavam à distância, como seria a eternidade?
Ela não sabia as respostas. Nem ele de como tinha
chegado às mesmas perguntas. Mas amavam-se, com um gigante vazio entre os dois.
Às vezes o amor é mesmo assim, inexplicável.
ResponderEliminarmas que lindo*
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