outubro 19, 2013

It's not the same moon



O homem sentado no cais penteava-lhe os cabelos com teorias universais. Ela estava longe, à distância das estrelas. Falava-lhe entre discussões, de como seriam os homens de outras viagens.
Seria possível que os caminhos os magoassem tanto no futuro, da mesma forma como os tinham juntado no passado? Ela não parara de insistir na ideia de os seus caminhos chocados e quebrados, depois de ouvir o que as constelações lhe diziam. Lembrava-se do toque dele, já maduro sobre a pele dela. O amor que faziam devagar no cais, depois do trabalho, dos navios.
Diferentes rotas de navegação que os dirigiam ao mesmo sítio, e agora que falavam à distância, como seria a eternidade?
Ela não sabia as respostas. Nem ele de como tinha chegado às mesmas perguntas. Mas amavam-se, com um gigante vazio entre os dois.


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