dezembro 27, 2010

ilusões à parte




Não quero que fujas. Não quero perder o rasto dos teus passos. Recordo as marcas que deixas no passeio quando andas pelas ruas à noite. É como se andasses de biquinhos de pés com medo de assustar a vizinhança. Não queres fazer barulho e sim, tens razão. Esse dom que tu tens que me perturba. Foges como se fosses uma gazela e isso começa a deixar um frenesim na minha cabeça que me deixa confusa. Eu estico o braço e não consigo tocar-te por mais esforços que faça. Sabes porquê? Porque quero mais e mais do que vem daí. Esse lado é tão bom. É melhor do que o sentimento que me prende aqui. Não quero ficar presa por mais tempo. Quero assustar-me na tua presença. Peço que o meu coração acelere muito rapidamente por te ver como aconteceu hoje. Deixas-me nervosa. Mas não pelas razões erradas rapaz. Tens brilho no olhar e espero me encontres um dia destes. Sinceramente quero que o gelo quebre com toda a força e que isto ande para a frente. Não quero acelerar as coisas. Quero ter-te comigo e quero ter-te mais vezes. Porque isto que sinto por ti começa a ser mais que mera amizade pura de desconhecidos alheios. Começas a ser mais. E quanto mais se tem mais se quer não é verdade?

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