abril 19, 2014

Ontem fui passear o cão. Recebi a carta da Irina da Sibéria. Guardei com carinho o caderno das flores. Pensei nalgumas coisas que te queria dizer. Reorganizei a minha cabeça com a pressa de chegar a casa, e lembrei-me do saco de chá que deixei em cima da secretária. O cão estava agitado no jardim, mas esqueci-me de tudo. Quando cheguei à zona dos arbustos lá estava aquele todo verde, lembrando o café Limo verde, com os fios de sol lá por cima. Se pudesses ver isto tudo, comigo ou sem mim. Se pudesses compreender o quão bonito tudo é caramba. O vento a balançar as folhas verdes, tão semelhante ao movimento do mar, e elas ali saudáveis. Ou, outras vezes, tão quietas quando há apenas sol. A Primavera é isto tudo. É esta quantidade toda que eu gosto de ti. Da mesma forma que me espanta a originalidade do jardim, o teu corpo e as tuas palavras  me anestesiam. Não consigo pensar noutra coisa. Só queria que soubesses isto. 
Enquanto isso, deixo o cão em casa, e vou dar uma volta. Preciso do resto, das flores

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