maio 12, 2012

a imbecil




eu costumo acreditar no amor como a imbecilidade que nos faz feliz. quando dizem que sou criança dizem a verdade e ela não me incomoda. porque dentro de mim vive a mais nova das pessoas, e quando brinco mais do que fico séria é para não chorar com a tristeza do mundo. quando sorrio é porque acho bonito sorrir e quando rio é porque me faz bem, e faz bem a toda a gente. quando como chocolate é porque  me aumenta o ego e a barriga e não me importo de engordar. quando salto à corda não é para outros verem mas para me sentir criança e brincar com a vida.
quando me vejo ao espelho finjo não me ver porque tenho medo de não acreditar no que está reflectido no espelho porque o que está dentro da minha cabeça só mora cá dentro e é só meu. sou mais feliz dentro desse conforto que os outros chamam idiota mas que a mim me protege a alma. dentro dele há um mundo que ninguém vê e é enquanto os outros se movem que eu paro e vejo coisas. é nesses momentos que sou mais feliz, quando não dão por mim no tempo e  lá estou eu a delirar nas minhas histórias e os meus olhos começam a ver o que a minha cabeça e o meu coração sentem, a imaginação. é nesses dias que sou mais feliz quando, sozinha, me vejo entre milhares de outras pessoas e de outros cenários. quando sonho é para não ter que me habituar à vulgaridade do mundo e quando amo é porque isso me torna uma pessoa melhor.
e quando amo as pessoas que precisam da minha parte imbecil é porque isso me faz feliz e porque sem essa parte, sem eles, a vida seria um bocadinho mais triste, e de tristeza já está o inferno cheio.

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