março 18, 2011

killing us softly


Ás vezes penso muito com a minha cabeça sobre a possibilidade das pessoas encontrarem o verdadeiro amor aos 18 ou vinte anos. O amor não se sustenta em apenas " nomes comuns abstractos", mas sim em actos fisicos aliados a pequenas mensagens emocionais que deixamos ao nosso amado. E quando penso nesse tipo de amor, a minha cabeça emite uma imagem de um casal apaixonado, que tinha tudo para não se encontrar mas que contra a maré lutou e junto á maré se casou e teve muitos filhos. Não conheço muitos casais apaixonados que resistiram ao amor dos nossos dias e à trapalhada da vida que por aí anda, que resiste à poluição da cidade. Mas conheço casais que aguentaram a morte de um corpo, que guardam dentro de uma caixa a memória de um amor que vagueia a casa, que ainda passeiam no jardim, que continuam apaixonados mesmo já com o peso da idade nos ossos. Conheço raras excepções que se apaixonaram durante a guerra e passaram fome durante muitos anos. Essas excepções que já foram motivo de letras de músicas e postais do Dia de São Valentim.

Hoje não se comemora nenhum aniversário. Apenas mais um ano de resistência às aflições e ás cambalhotas que a vida dá. Umas para um lado mau e outras para um lado bom.

E infelizmente hoje a vida deu uma cambalhota para um lado mau.

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