outubro 21, 2015

outubro 15, 2015

Promisse

A superfície bem menor que o interior. Aquele que o escuro da nossa casa nos deixa desvendar. Estamos de luzes apagadas mas sentimo-nos um ao outro, sem a vela acesa. 
E como saberia bem que soubesses que és o protótipo destas experiências mentais. Vamos lutar.




outubro 14, 2015

Acho que caí ligeiramente por ti.

outubro 12, 2015

Both sides now

Fechei a cortina para não deixar o escuro entrar. É, que meu amor, há uma luz que emanamos que precisa de ficar.


outubro 09, 2015

Lose yourself

Era pesada a sombra dele sobre a sua. O olhar muito carregado que induzia tantas vezes medo, como caminhar nos trilhos escuros da floresta imaginária da vida. Ele era afinal um sucinto laivo de brava brisa fresca. Muito forte. Forte. 

outubro 08, 2015

A miúda, eu, continuava a usar as jardineiras herdadas. Umas de ganga gasta, de alguns anos 70 da sua irmã mais velha, e que poderiam ser de algum negro americano que levara muita vida em cima de si. Ela levava-as no corpo, mais magro que a ganga, despreocupada. Caminhava pela vila com 23 anos e com o corpo enfiado em ganga. Agora pousava de boina vermelha e um batom de pêssego que ajudava os lábios a não secar com o frio.
Uma miúda na cidade sobrevivia assim.



outubro 07, 2015

A minha mãe insiste em cortar-me o cabelo. Sinto-me uma criança. Ainda mais quando ele encosta cruelmente os lábios no meu pescoço no lugar onde deveriam estar os cabelos enormes que me foram destinados. Ele repara no assunto e diz que pareço uma miúda nas mãos de qualquer pessoa. Nesse momento fiquei presa, mas nele. Deixei-o educar-me com beijos e quase quebrar. Fomos depois por elevadores diferentes.