julho 27, 2012

amor

Nós andamos na noite e encaixamos um no outro. Deitamos-nos no riso de cada um e adormecemos como o sol se quer de nós. Dançamos feitos parvos no meio da rua e damos beijos que mais ninguém dá. Mais ninguém os dá assim. Mais ninguém me apanha de surpresa assim, e sorrateiramente me traz vida pelo ombro. Ninguém me leva às estrelas e me rouba abraços apertados como tu me roubas e sem sequer te aperceberes.
Há pedaços de céu na terra, existem bolhas de ar com sabor a morango e beijinhos quentinhos e isso és tu. Há restos de nada que são tudo. Existe um olhar como o teu atento ao teu mundo e distante de tudo e eu perco-me nesse fundo que são os teus olhos. Existe essa postura descontraída e esse toque que aquece lentamente a pele e ele é teu. Existe essa massa bonita, essa carne poderosa, essas palavras escondidas na tua boca e esse prazer no canto do lábio que são teus e hoje deito-me com a certeza de que tenho isso. De que és meu, que eu te pertenço por inteiro e tenho algo que mais ninguém tem. O tu.


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