agosto 31, 2014
Irmãs de Sangue
Jéssica conduzia o carro com atenção. Estava crescida. Já na praia instalá-mo-nos com as mantas e comemos com a neblina a aproximar. Deitá-mo-nos tarde. Valeu a pena.
agosto 25, 2014
agosto 23, 2014
agosto 21, 2014
agosto 20, 2014
Irmãs de Sangue
Das viagens que falámos o UK é estação obrigatória para qualquer pessoa. Laura estaria a uns meses de distância de estudar na Universidade Inglesa e eu fazia planos para a visitar nas festas natalícias. Comprava a viagem antecipadamente, teria dinheiro para as despesas de alimentação e transporte e gastaria um rolo de uma máquina descartável a fotografar-nos no tempo. Só faria sentido quando juntos, pois a solidão quebra-nos quando se é jovem.
agosto 19, 2014
agosto 18, 2014
Agosto depois de Abril
Das várias confusões no comboio e do meu estado febril antes de chegar ao terminal destaquei a mulher que se encontrava nas minhas costas. "Conheces o cemitério de Braga" dizia ela. Insistindo "diz-me lá. Conheces o cemitério de Braga? Fica à saída do Gerês". E continuava alheada da despreocupação da colega de viagem que viera com ela de Santa Apolónia. Eu não aguentaria muito mais na sua companhia, mas a sua necessidade de falar chamou-me a atenção. A gargalhada que ia dando em voz baixa distraía-me da doença que me tirara o sossego nos últimos dias. Não estava realmente em mim.
Finalmente e passando por Paço d'Arcos ela gritava "Estupor de comboio! Não era suposto parar aqui". Um minuto faria a diferença para apanhar o autocarro quando saísse em Oeiras. Na partida, virando o rosto vi-lhe a cara. As faces redondas cheias de antiguidade pelo óculos de massa branca. Foi-se embora com os sacos na mão e nunca mais a vi.
Finalmente e passando por Paço d'Arcos ela gritava "Estupor de comboio! Não era suposto parar aqui". Um minuto faria a diferença para apanhar o autocarro quando saísse em Oeiras. Na partida, virando o rosto vi-lhe a cara. As faces redondas cheias de antiguidade pelo óculos de massa branca. Foi-se embora com os sacos na mão e nunca mais a vi.
agosto 16, 2014
agosto 14, 2014
A Virgem de Benguela
Recordar é cruzar-me vagamente com a ideia do Manuel no escritório comendo bolachas. Vou-lhe fazendo perguntas sucessivas e guardando em gavetas as suas respostas. A História morre facilmente.
agosto 13, 2014
agosto 12, 2014
agosto 10, 2014
agosto 07, 2014
agosto 06, 2014
Quinta do Barão
O choque inicial da construção frásica de Pepetela e os ódios viscerais de Alexandre Semedo desenhavam as linhas da casa abandonada esta tarde. Esta era a Quinta do Barão. Ontem foi a caipirinha generosa no quintal com o meu pai, e toda a vida seria um conjunto de momentos estranhos, no entanto narráveis.
agosto 04, 2014
agosto 03, 2014
agosto 02, 2014
agosto 01, 2014
um universo de existência existe só
Um pendente com um coração dourado rodeava-lhe o pescoço. A pele era branca, parecida à minha. O vestido curto que lhe exibia o sinal do joelho era arborizado, e o cabelo escasso abaixo da orelha. Lia Honoré de Balzac "A mulher de trinta anos", e talvez fosse francesa.
Os brincos de ouro também nas orelhas de menina lhe pareciam cachos enquanto com a sacola aos pés.
Não sei que visão foi esta logo pela manhã mas senti solidariedade, compaixão por quem lê quando chove das nuvens grandes no céu. Hoje é quinta feira e o relógio de couro castanho dela batia as 09h20.
Os brincos de ouro também nas orelhas de menina lhe pareciam cachos enquanto com a sacola aos pés.
Não sei que visão foi esta logo pela manhã mas senti solidariedade, compaixão por quem lê quando chove das nuvens grandes no céu. Hoje é quinta feira e o relógio de couro castanho dela batia as 09h20.
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