Tenho as paredes cheias dos recortes de jornal do "Ouro sobre azul", de "Uma ponte no Bósforo", da "Caza das Vellas Loreto", e mapas da Roménia. Imagens de Wagner. Vestígios de postais da Gulbenkian, e artigos de Drácula. Tenho a secretária antiga a magoar-me os joelhos, e o Sting a soprar "Russians" em Berlim. Tenho a caneta na mão que vomita, a sangrar de tinta, e nenhum vestígio de ti. Prefiro-te assim. No vazio da menstruação.
Na preguiça que me atravessa o corpo. Prefiro-te, pois, assim, como a camisa turva e amarelada que precisa de ir para a lixívia. Preciso de ti assim, como os sons de aviso da guerra. A poeira que me fecha o coração. A fome que mantém a distância pela estrada, que existe. Preciso de ti assim. Frio e cruel. Real, então no chão.
Que seja sempre real e genuíno o que esperas para a tua vida.
ResponderEliminarestao tao lindo, que a tua vida seja sempre boa (:
ResponderEliminarAh, a ausência...
ResponderEliminarComo ela dói!
Abraços,
Nina
Que lindo!
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