fevereiro 21, 2013

vem

Não chove onde se lêem livros sobre pássaros. Onde as cadeiras são de madeira antiga. Onde o sol, ainda que quebrando, se envolve nos nossos ombros dentro do restaurante francês. Não chove onde o amor nos envolve as entranhas e nos deixa mal-dispostos. Naquele sítio onde o velho, de bengala e casaco caqui, lanchava uma torrada e uma meia de leite.
Lá os séculos duram, mais que a existência da chuva.


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