Passei de carro com o meu pai. Antes de sair por aí fora pela Avenida da Liberdade, avistei o Aviz de Lisboa. Tentei lembrar-me das curvas da estrutura que tinha muitos mais anos que eu, e que tinha servido de casa a Amália Rodrigues, Calouste Gulbenkian, Josephine Baker e tantos outros. Por mais esforços, foi em vão. Sorvi apenas a luz fervida do sol sobre a sua entrada com as cinco estrelas douradas.
Já mais tarde, as palmeiras com pontas amendoadas do sol lembraram-me um sítio paradisíaco, o qual não sei o nome. O alcatrão alaranjado que nos conduzia até à praia era inesquecível. Não sei que mais querer da vida, senão andar de carro com o meu pai.
Ter Nat King Cole no rádio do carro, e a ameaça de Inverno impedida pelo sol na estrada de Carcavelos.
Lisboa pode não ser a cidade mais bonita do mundo. Não visitei o mundo todo para fazer comparações. Mas é diferente. Tem uma espécie de qualquer coisa que não consigo esquecer.
Inesquecível.
Só fui a Lisboa uma vez, quando era pequena, e só me lembro do céu. E lembro-me que era bonito. Gostava de voltar e provar das experiências invernais de que falas...
ResponderEliminarLisboa tem um encanto especial, é história, tradição e genuinidade nas calçadas e muros. É pena que nem sempre se dê valor à cidade que temos.
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