O retrato que encontrei dentro do envelope da carta revelava o rosto de uma mulher apoiando o braço numa árvore da praça. O rosto meio envergonhado de aparecer na fotografia à frente da banda que marchava nesse ano de 1971. Imaginei-a com sentimentos controversos a tentar perceber o que se passava no país nesse dia.
Hoje também sou ela, com o coração meio doente por ti. A noite passada sonhei contigo sem querer. Pensava já ter-te expulsado dos territórios do meu pensamento, mas nunca quiseste estabelecer fronteiras pois não?
Para ti é sempre dia Nacional como naquela fotografia.
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