janeiro 18, 2014

Perguntei-me se conseguia viver fora do verso, e da frase da prosa tão distinta, e percebi que não havia muitas hipóteses exteriores a esse globo quente cultural.
A vida era mais entusiástica com palavras, e harmonias. A vida era mais excitante quando próximos do toque das coisas.
Se eu não te conseguisse beijar, passaria a vida na miséria, a imaginar-te no leito da minha cama, mas sem formas e sensação.
Se eu entrasse pela porta de casa e o vazio fosse mais desesperado, e o silêncio rugisse mais alto aí não existiriam beijos.
Posso viver sem eles por dias ou momentos. Mas uma vida inteira sem o teu corpo, é anular as vibrações quentes do sol das palavras entre tu e eu.

Quando vais ser sincero comigo da mesma forma?


6 comentários:

  1. Adorei o teu texto! Adorei esta frase: "Mas uma vida inteira sem o teu corpo, é anular as vibrações quentes do sol das palavras entre tu e eu."
    Escreves tãooo bem!

    P.S. Já estou a seguir o teu cantinho e irei visitar mais vezes :)

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  2. Não podes pedir aos outros a sinceridade que eles não relembram, que eles não sabem que queres. És sincera em ti, para outrem. Não deixes que isso te desanime, porque não são só as bocas que falam. Está atenta ao vibrar.

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  3. Que lindo! *-* A sinceridade é uma virtude, acredita. Mas a última frase foi como um imenso bloco de gelo num dia quente. Bem, acho que por aqui alguém também escreve como um animal ;) Com isto quero dizer que o fazes de uma forma arrebatadora ;)

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