Ainda te uso. Sim ainda te uso. Aperto as calças com o teu cinto. Beijo os pulsos com a tua pulseira. Exponho na parede o bilhete e postal do paraíso. Ainda visto roupas desse verão. Sim ainda te visto. Ainda mostro os sorrisos que mostrava e a vergonha à porta da casa de banho enquanto namorávamos de manhã com óculos de sol postos na cara.
Ainda me lembro das nossas tentações. Ainda me lembro como te vestias todos os dias, como te estendias na cama a dormir e me agarravas como um homem.
Sim ainda te uso. Ainda te levo. Ainda te vivo. Ainda te bebo. Ainda te desejo.
Mas sabes que mais? Tudo isso cansa porque de mim só te lembras dos dígitos de emergência.
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