outubro 26, 2012

bonequinho de trapo

dás-me vontades sem eu as poder ter. Dás-me desejos mirabolantes. Dás-me passeios no escuro e com a água a molhar-nos as calças- Dás-me vontade de te bater à porta, raptar-te e levar-te para fora. Para dentro. Para onde quisermos ser sem o resto do mundo. Provocas-me.
A maior parte de nós acorda e leva a vida despercebida para a rua, mas eu, eu levo-te a ti. Arranco-te de casa ás escondidas e levo-te para os jardins da Gulbenkian, para as salas de aula, para o café, para a cama, para os sonhos.

Eu levo-te porque não suporto o facto de não estares aqui.


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