Estou-me sempre a lembrar do truque de magia que eras tu, o teu sorriso e a tua casa. Sim- tu rapaz- eras um joguinho limpo, um rosto giro e tinhas graça.
Faltava-te o tino, mas era isso que me deixava sem jeito.
Já reparaste nisso ou não? Já te deste conta disso ou não? Já te lembraste de ir atrás no tempo e veres essa sacanice de miúdo que te ficava bem e não te aleijava o ego?
Eu já. Agora mesmo. E apetece-me entrar de novo pela primeira vez na tua casa. Saber-te apenas o nome e achar-te giro e querer-te aí quieto de sorriso a enfeitar-te a boca. Apetece-me entrar outra primeira vez na tua porta, olhar-te pela primeira vez e ter a oportunidade de me apaixonar de novo por ti, porque isso, meu querido, era o que me deixava uma e outra vez esganada de fome de alegria. E quando se tem fome, há que alimentar a fera.
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