abril 28, 2013

não há quartos separados às 4h da manhã

tenho um carinho especial pelos acordes sádicos da música clássica, porque quando eles surgem invadem a casa com pouca velocidade ora pela manhã, ora durante a tarde e quando a noite me penetra no âmago.
Chopin em particular amolece tão tacitamente os móveis e deixa um resto de luz sobre o pó da casa. A recordação de que o tempo passa.
Lembra-me o sonho eterno da casa de campo em França e as folhas inundadas de literatura desconhecida.
Dentro do poder alcoólico do passado eu posso escrever. Eu escrevo.


2 comentários:

  1. Honestamente, não sou muito fã ;o

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  2. essa tua consciência de que não és desde século, esse classicismo tão teu fazem-te absorver o que de bom houve e o que de bom há.

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