janeiro 27, 2013

ponto final parágrafo

Não é por mim. Sei como é este aperto que nos afoga qualquer possibilidade de regressar à superfície. Agora reconheço o esforço dos refugiados que quase se tornou involuntário em ter uma vida melhor. Em sonhar com mais que um apelido que não era deles. Hoje senti esse aperto e reconheci que nunca mais quero voltar a ele. Sentir as entranhas a mexer e a revoltarem-se. Sentir o ar pesado, cheio de chumbo do amor. Sentir o nó constante na garganta da rejeição. Ver tudo negro. Não pensar direito. Hoje percebi como é não se ser feliz, e desejo não voltar a esse lugar. Tenho mais talento para tentar ser feliz. Aí tenho mais cor que o resto dos outros.


2 comentários:

  1. não sei o que se passou contigo mas espero que esteja tudo bem, pessoas como tu, como nós, merecem <3 <3

    ResponderEliminar
  2. "Sentir o nó constante na garganta da rejeição. ", também já senti e como diz o título, há que por um ponto final, parágrafo e finalmente viver :).

    ResponderEliminar