Há quem não te conheça. Há quem não te encontre. Há quem não te ouça nem te veja uma vez e outra vez e repita as mesmas palavras que eu de que "não existes!". Não há nada que te mudem. Não há nada que te roubem. Porque mesmo sacana, mesmo com pedras no coração hás-de ter sempre os lábios mais doces desta cidade. Hás-de ter sempre o sorriso mais parecido com o paraíso e o toque de mãos mais arrepiante de todos os homens que conheço.
Não há nada que não te satisfaçam. Não há nada que te tirem. Porque hás-de ser sempre assim. Porque hás-de ter sempre esse lampejo e esse brilho nos olhos. Esse rosto irresistível que nos troca as voltas de cada vez que te aproximas no caminho.
Eu sei o que isso é. Isso de ser novo e querer ter tudo. Beijar tudo. Viver tudo. Não nos faltar nada. Não perdermos nenhum comboio. Não faltar a nenhuma festa. Não calar cada música. E não parar por nada. Sempre continuar. Sempre em frente. Sempre, sempre, sempre a paixão em primeiro lugar.
E vai haver sempre quem não te conheça. E quem não saiba, que a ti não te falta nada. Apenas uma coisa. A arte de amar.
Mariana, quem sou eu? Só um rapaz, tenho 28 anos mas ainda sou um rapaz e daqui a dez anos não será diferente, nem quando eu for velho, se chegar a ser velho, deixarei de ser um rapaz. Isto tem que ver com o facto de eu ainda acreditar que posso mudar o mundo.
ResponderEliminarA escrita não é uma paixão minha, não sou uma pessoa de paixões, sou sim uma pessoa de promessas; a escrita é uma promessa minha, um casamento, até ao fim.
E tu, Mariana, quem és tu?
Estou contente por nos termos encontrado. Tenho esperança, tanto em ti como em mim, enquanto escritores. Vejo que serão caminhos muito diferentes um do outro, o teu e o meu, na escrita. Gosto de vir ler o que escreves, a textura do teu texto, tão diferente da do meu, sabe-me bem. Vamos trabalhar muito, sim, Mariana? Vai valer a pena
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