abril 07, 2012
seguramos-te, porque o amor é uma visão
Nós já chegámos a casa há muito tempo e agora o tempo é pó, porque gastámos muitos dos minutos dele a tentar encontrar o caminho na direcção da porta e agora que chegámos a casa já não falamos.
Já não escrevemos uns aos outros e o que dizemos não sustenta o que cobre o coração. O que nos mantém ainda são as mãos junto à cintura, unidas, mas não há calor já reparaste? Perto desse toque o frio congelou tudo e por isso é que nenhumas das palavras que queremos dizer nos saem da boca. Uns porque o vento as roubou, outros porque a coragem desapareceu e acabaram por enterrar as palavras no jardim.
Eu ainda tenho palavras por cima da nossa terra. Apesar de abençoar o chão sei que precisamos de largar os sentimentos dentro das palavras para te ouvirem e eu estou farta que não te ouçam. Estou farta que hajam muitos silêncios que não dizem nada ou que dizem tudo menos o que é suposto ser a verdade da tua alma.
Tu não tens uma alma. És uma alma. Tens um corpo. Por isso deixa-te escrever na história que tens medo de viver. Há coisas que vão existir e vão existir com um sorriso. E tu já nasceste. Falta a tua história sorrir.
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