Tenho que ser sincera e dizer que este verão não será o mesmo. Vejo as cores tão assumidas nos mesmos sítios, os livros da estação aparecem. Fui à livraria e bebi pela primeira vez um café. Comprei postais. Passeei de carro. Conheci mais pessoas com mais histórias. Deixei os demónios para traz. Torci por uma equipa. Desejei novos projectos, e tive vontade viajar, mas ainda há um vazio.
Há o teu vazio quando chego a casa. A ausência que me impede de dormir à noite. O som das tuas patas pela casa, e os beijos que eu te dava todo o dia.
Os últimos dias não estavam a ser fáceis, e ninguém estava feliz. Ninguém festeja a dor de um amor assim.
Tenho saudades tuas. Tenho saudades e medo de dizer o teu nome. Tenho saudades da tua teimosia e brincadeira.
Tenho saudades da rotina, e sinto-me ridícula por achar que a vida agora já não se faz sem ti.
Tenho saudades sim? Daquelas que não passam, doem, massacram, e só queria que passasse.
Se há pessoa no mundo que partilha a tua dor, sou eu.
ResponderEliminarTenho uma sensibilidade estúpida, para com os animais, que me lixa constantemente a vida.
Eu sei como é esse vazio, mas garanto-te que ele continua, algures, ao pé de ti. E estará sempre à tua espera. Um dia vocês vao reencontrar-se. Tenho a certeza.