Já depois de comprar o fio de prata com a cruz, subi a Rua do Carmo com a queijada de amêndoa na boca, pecando satisfatoriamente para não perder as forças até ao metro.
Indignei-me com o homem do comboio. As suas mãos cingidas ao Parkinson. A ferida com o sangue seco na cabeça. Os papéis com mails misteriosos imprimidos. A mala de viagem, e o passaporte cuidadosamente retirado do bolso da gabardina.
Não sei que pensar do dia. Mas amanhã ainda terei que falar de Agualusa, e vou prosseguir com a apresentação.
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