Com a consequência do tempo estar agradável
envolvi-me de novo na selva paradisíaca da Fundação de Calouste. Os jardins mantinham a pose exuberante de uma natureza
que em tudo não é selvagem. Estes não eram jardins malauianos ou amazónicos,
mas sim um recanto que sofria todos os dias manutenção, mas eu reconhecia-o
como um milagre no meio da civilização.
A questão da paisagem que se tinha discutido
voltava agora com força. Esta era uma localidade que falava mais alto que o
homem, embora muda. Os animais e as plantas, e a presença humana que
variavelmente invadia o espaço, contribuíam para a criação de uma paisagem
cultural. Aqui não havia discriminação de idade e forma. As árvores aceitavam o
meu dorso para eu descansar. Fechar os olhos e dormir a sesta. Quem não
sentiria essa sensação de poder e liberdade, se lhe fosse entregue esse
privilégio?
Paul Theroux continua sempre a ter razão. A viagem
e a caminhada sem pressa constituem um dos melhores elementos da vida humana.
Dizendo isto é admitir que o homem será sempre um procurador, em busca de
qualquer coisa, que nem precisa de ter nome.
Essa pode ser uma palavra, um estímulo ou uma
sensação. Para quê nomear se podemos sentir?
Não é necessário nomear mesmo...
ResponderEliminarUma boa semana.