Na sala havia um piano e um leitor de discos de vinil com uma boca enferrujada apontando para as janelas do sótão.
O chão de madeira rangia e os quadros representavam pinturas surrealistas, uma delas Pessoa. A protecção das janelas era de uma madeira grossa e seca do sol de Março recente.
Esperei que o autor começasse e embalei.
Espreitei pelos seus olhos de águia enquanto ditava a geografia do seu bairro. No fim bebemos moscatel e comemos línguas de gato. Que melhor senão prazenteiros costumes para acabar tertúlias?
Que belo momento deve ter sido.
ResponderEliminaroh que agradável :D
ResponderEliminarEra mesmo espetacular Mariana! E quanto aos factos de que falaste, salientou-se em mim o facto de morreres pelo teu pai! Que amor tão profundo:)
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