novembro 30, 2013
novembro 29, 2013
novembro 28, 2013
novembro 27, 2013
novembro 26, 2013
sight seeing
O meu altar são os livros. Aquele lugar desassossegado que são os livros.
O púlpito em madeira que quase parece ouro, e alberga a noite inteira.
O púlpito em madeira que quase parece ouro, e alberga a noite inteira.
novembro 25, 2013
novembro 23, 2013
novembro 22, 2013
Não vejo mal nenhum na religião. O problema é que durante muito tempo me tentaram oferecer desmesuradamente, até de um jeito forçado, a imagem de alguém de difícil acesso. Não O conseguia ver. Não o sentia quando o corpo abalava para lá das tristezas. Não o senti quando descobri o amor, muito menos o sexo.
Não sei, julgo que nunca saberei, quem é.
Mas não vejo mal nenhum na religião. Ela já passou por várias coisas.
Um dia foste tu, o teu corpo.
Hoje é outra coisa qualquer, que me arrasta até ao chão de noite a fechar o risco dos olhos.
Não sei, julgo que nunca saberei, quem é.
Mas não vejo mal nenhum na religião. Ela já passou por várias coisas.
Um dia foste tu, o teu corpo.
Hoje é outra coisa qualquer, que me arrasta até ao chão de noite a fechar o risco dos olhos.
novembro 21, 2013
novembro 20, 2013
novembro 19, 2013
novembro 18, 2013
novembro 17, 2013
Por uns tempos tinha decidido dar uma oportunidade. A mulher fora atrás do semblante dele semelhante às folhas que caíam contra o chão, alvo da gravidade.
E fora aí que reparara que era tudo uma fraude. Uma malga de hipocrisia que deixava rasto nos pés.
Depois desse vazio, percebeu que não existia para os homens. Teria de existir para si mesma. Para o que olhava na quantidade de fora da janela que não passava de sombras.
E fora aí que reparara que era tudo uma fraude. Uma malga de hipocrisia que deixava rasto nos pés.
Depois desse vazio, percebeu que não existia para os homens. Teria de existir para si mesma. Para o que olhava na quantidade de fora da janela que não passava de sombras.
novembro 16, 2013
«Não quero, nunca, que vás»
Não sei como te explicar, mas vieste. Vieste ainda que em silêncio. Vieste do sul. Das praias do sul. Vieste não porque pedi mas porque querias. Vieste ao rio e vieste a mim. Olhaste o meu sorriso e descansámos em conjunto, quando o ano estava a acabar.
Vieste e eu nunca quis que fosses.
Não quero, nunca, que vás.
Vieste e eu nunca quis que fosses.
Não quero, nunca, que vás.
novembro 15, 2013
novembro 14, 2013
A Helena perdeu o pai. Não passará mais a ver os dias sob a sombra dos cabelos grisalhos do pai. O mesmo que lhe fugiu numa questão de horas.
A Helena, de quatorze anos, perdeu por uns momentos os sonhos. Foram-lhe roubados. Porque eles eram feitos com a força do sorriso do pai. O mesmo que agora está fechado, e a dormir permanentemente.
A Helena, de quatorze anos, perdeu por uns momentos os sonhos. Foram-lhe roubados. Porque eles eram feitos com a força do sorriso do pai. O mesmo que agora está fechado, e a dormir permanentemente.
o barulho da chuva
Tenho o coração a saltar da boca. Os movimentos trocados devido a ti. Julguei que era paixão, mas afinal é amor.
novembro 13, 2013
wonderer
Enquanto o prefácio de Lyrical Ballads era descortinado, eu ouvia os balanços sobre a poesia e a prosa, sobre o verdadeiro verso romântico. Ao mesmo tempo pedia ajuda ao pano para limpar o anel que comprara recentemente, para que os seus diamantes brilhassem mais à luz branca das lâmpadas da sala comprida.
Afastei a mão lentamente à frente dos meus olhos e observei os pequenos pontos de luz a reluzir. Imaginei que tivessem resultado de um pedido teu.
Hoje desejo tudo de ti. Só desejo o todo de ti.
Afastei a mão lentamente à frente dos meus olhos e observei os pequenos pontos de luz a reluzir. Imaginei que tivessem resultado de um pedido teu.
Hoje desejo tudo de ti. Só desejo o todo de ti.
novembro 12, 2013
Já te contei porque choro?
A mulher à minha frente chorava aos tropeções dentro do café agitado. Eu olhava-a nos olhos, ouvindo as confissões, ouvindo o ruído do passado, e queria estender o braço e agarrar-lhe a mão. Queria, silenciosamente, mostrar-lhe que apesar da diferença de idades, eu estava ali, calada, sempre pronta a guardar segredo.
E no caminho para casa, na viagem detestável de comboio quis dar o nome dela à minha filha.
Ao que viria de nós depois do amor, e do sexo.
E no caminho para casa, na viagem detestável de comboio quis dar o nome dela à minha filha.
Ao que viria de nós depois do amor, e do sexo.
novembro 11, 2013
novembro 10, 2013
Irmãs de sangue
Não saberia por onde escolher entre um sorriso de regresso e uma imagem eternizada do sono do sol na praia da vila. Não saberia, por muito que tentasse, escolher entre as irmãs de sangue e o beijo salgado do mar.
São ambos eternos e inesquecíveis.
Obrigada por este Natal.
São ambos eternos e inesquecíveis.
Obrigada por este Natal.
novembro 09, 2013
Olho para mim. Olho para o corpo. Para o que já não é só a súmula da felicidade. Olho para a rapariga que olha agora para o copo cheio do galão e que sente o corpo cansado. Agora rezo. Perco alguns momentos a pensar como seria se tivesse permanecido naquela Igreja em Praga. Tenho de lá voltar. Agora revejo o amor. Percebo que antes essa realização era um bocado simples que nos enchia a alma, e agora amor? Que fazemos se não estamos na mesma sala?
As paredes estão frias. Estive a esfregar os rodapés com um pano quente. Nem isso alivia a estação dentro de casa sem ti.
Agora que fazemos, se eu já não sou a miúda que só imaginava? Agora sou a mulher que quer a pele dos teus dedos macios por cima dos meus ombros. Podemos não fazer amor. Só fechar os olhos em silêncio, enquanto o galão ainda está quente.
As paredes estão frias. Estive a esfregar os rodapés com um pano quente. Nem isso alivia a estação dentro de casa sem ti.
Agora que fazemos, se eu já não sou a miúda que só imaginava? Agora sou a mulher que quer a pele dos teus dedos macios por cima dos meus ombros. Podemos não fazer amor. Só fechar os olhos em silêncio, enquanto o galão ainda está quente.
novembro 08, 2013
novembro 07, 2013
novembro 06, 2013
novembro 05, 2013
é tudo
Pareceu-me que as dúvidas de Shakespeare fossem as mesmas que as minhas. Ainda que um homem centrado nas suas próprias idiossincrasias, ele pareceu-me tão semelhante na contradição entre o desejo incontrolado e na desilusão da doença do amor.
Não sei o que prefiro. Só sei que hoje escolho a chama dos teus olhos.
Não sei o que prefiro. Só sei que hoje escolho a chama dos teus olhos.
novembro 04, 2013
novembro 03, 2013
Irmãs de Sangue
Jéssica partiria na segunda quinzena desse mês. Laura seguir-lhe-ia os passos no mês do vértice invernal, e o Natal seria mais uma vez diferente. O grupo repartido por outros continentes, onde as luzes se distinguiam mas onde o sentimento permaneceria o mesmo.
Seria uma ceia entre irmãs, no pensamento.
E da mesma forma que a música de jazz que saía da vivenda na rua outonal no caminho para casa me aquecia, essa mesma reunião ficaria gravada como os melhores poemas literários da nossa geração.
As irmãs de sangue ficariam juntas, como sempre estavam.
Seria uma ceia entre irmãs, no pensamento.
E da mesma forma que a música de jazz que saía da vivenda na rua outonal no caminho para casa me aquecia, essa mesma reunião ficaria gravada como os melhores poemas literários da nossa geração.
As irmãs de sangue ficariam juntas, como sempre estavam.
novembro 02, 2013
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