O meu professor de Inglês mora na mesma vila que eu. No centro da máquina dos pensamentos uma cratera deixa-lhe a pele à vista. É um homem estranho que anda à procura dos pensamentos. Por alguma razão o sorriso esmorece-lhe rapidamente enquando a cor dos olhos diminui com o sol. Lê o jornal junto à estação dos comboios e vai olhando para todos os lados até decidir atravessar para o palácio de árvores que se encontra na avenida que dá à praia. A mesma avenida que passeei a pensar em ti.
Não é justo colocar-te na mesma narrativa que ele. O medo que o consome em ti é provocação. Ele hoje a almoçar sozinho na mesa do café não fingia nada, não pedia nada, só encontrar respostas. E tu tiras-lhe a esperança. Tu com o teu busto e cheiro que nausea tiras a esperança de haver tristeza. O mundo precisa de mais mistério, tristeza, miséria, defecação no fundo da terra. O mundo precisa de mais verdade.
o mundo precisa também de ti, de ti por completo
ResponderEliminar"Não é justo colocar-te na mesma narrativa que ele. O medo que o consome em ti é provocação. Ele hoje a almoçar sozinho na mesa do café não fingia nada, não pedia nada, só encontrar respostas. E tu tiras-lhe a esperança." muito bom :)
ResponderEliminar"Não é justo colocar-te na mesma narrativa que ele." - és sem dúvida intensa.
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