maio 31, 2013
maio 30, 2013
maio 29, 2013
cais vazio
Todos perceberiam a agitação estática de um quadro, e o seu verdadeiro ovário se lessem Carlos de Oliveira. As brasas da sua literatura não deixam ninguém indiferente. A própria arte regozija-se dela.
maio 27, 2013
veios foscos
Vou-te contar uma história Inês.
O culto que se faz do chá é o culto que o homem deveria fazer à natureza. A bênção dos seus princípios. O reino dos seus compassos. A coroa da sua sanguinidade.
E esse mundo registaria o palador do Assam da Índia.
O culto que se faz do chá é o culto que o homem deveria fazer à natureza. A bênção dos seus princípios. O reino dos seus compassos. A coroa da sua sanguinidade.
E esse mundo registaria o palador do Assam da Índia.
maio 26, 2013
maio 25, 2013
Assam da índia
Sempre imaginei um casamento num museu. Uma união entre os quadros.
Para poder sonhar com um coração de arte só para mim.
Para poder sonhar com um coração de arte só para mim.
maio 24, 2013
Carlos de Oliveira- Finisterra
Hoje namorei com as sombras. Os outros imitaram-me no gesto. Larguei os sapatos e coloquei os pés na relva. Não travei os passos aos bichos, desembrulhei o livro do pacote de cor azeda e deixei-me estar.
Não houve tempo para desintegrações.
Não houve tempo para desintegrações.
maio 23, 2013
maio 22, 2013
maio 21, 2013
maio 20, 2013
maio 19, 2013
umas 19h00 por Lisboa
sou serpente quando passo no Jardim da Estrela e adormeço na entrecortação da luz sobre o arvoredo.
maio 18, 2013
maio 17, 2013
19h01
ontem entrei na livraria. No canto desabitado estava um rapaz a ler no cadeirão.
Acompanhei-o em silêncio.
Acompanhei-o em silêncio.
maio 16, 2013
maio 15, 2013
se conseguirmos vibrar estamos na caminho da origem
Tenho olhos azuis e frios, porque cá dentro o Inverno também persiste.
maio 14, 2013
chegou o correio!
tenho um teatro no coração. E nas Primaveras das minhas idas ao correio o pano abre. É que a distância da escrita, excita-me. Vivo para os outros.
maio 13, 2013
o meu anjo inês
" alguma vez quiseste atirar-te de cabeça para os braços de alguém que não queria amparar o peso do teu corpo?"
maio 12, 2013
A minha catedral são os livros. Essas capas duras que se assemelham a paredes frias de igrejas. Sempre que rumino nas histórias, corro os corredores até a pele estalar e os lábios secarem. Por isso gozo do chá, das poltronas e do sol. Quando lá fora o frio quebra o tempo, dentro dos livros o sol nunca padece de doença. Sou feliz lá.
maio 11, 2013
fade
queria vomitar-te. Expurgar-te. Expulsar-te de mim. Seria tão diferente.
Seria, antes de tudo, nenhuma vítima do amor.
Seria, antes de tudo, nenhuma vítima do amor.
maio 10, 2013
O meu professor de Inglês mora na mesma vila que eu. No centro da máquina dos pensamentos uma cratera deixa-lhe a pele à vista. É um homem estranho que anda à procura dos pensamentos. Por alguma razão o sorriso esmorece-lhe rapidamente enquando a cor dos olhos diminui com o sol. Lê o jornal junto à estação dos comboios e vai olhando para todos os lados até decidir atravessar para o palácio de árvores que se encontra na avenida que dá à praia. A mesma avenida que passeei a pensar em ti.
Não é justo colocar-te na mesma narrativa que ele. O medo que o consome em ti é provocação. Ele hoje a almoçar sozinho na mesa do café não fingia nada, não pedia nada, só encontrar respostas. E tu tiras-lhe a esperança. Tu com o teu busto e cheiro que nausea tiras a esperança de haver tristeza. O mundo precisa de mais mistério, tristeza, miséria, defecação no fundo da terra. O mundo precisa de mais verdade.
Não é justo colocar-te na mesma narrativa que ele. O medo que o consome em ti é provocação. Ele hoje a almoçar sozinho na mesa do café não fingia nada, não pedia nada, só encontrar respostas. E tu tiras-lhe a esperança. Tu com o teu busto e cheiro que nausea tiras a esperança de haver tristeza. O mundo precisa de mais mistério, tristeza, miséria, defecação no fundo da terra. O mundo precisa de mais verdade.
manhã
Olho pelas janelas e as persianas comem a luz que vem de fora. Tento escrever sobre a luz, tendo escrever sobre a enumeração de festas que me deste no cabelo nos sonhos de hoje. Tento escrever sobre a física que nos imcomoda, sempre.
Somos um quadro repetido.
Somos um quadro repetido.
maio 09, 2013
maio 08, 2013
documentos alemães
quero ser esse vento que não incomoda.
sem arte de ilusão
quero ao mesmo tempo que existo sozinha,
sermos nós sem moda
para que não me roubasses por dentro o coração.
sem arte de ilusão
quero ao mesmo tempo que existo sozinha,
sermos nós sem moda
para que não me roubasses por dentro o coração.
O Velho de Rembrandt
o lugar das coisas é no vazio delas. na ausência delas. quando estão cheias tendem a desaparecer, por isso é que não tenho medo do escuro.
maio 07, 2013
hei-de chorar
a minha garganta sentiu náusea por causa da tua verdade. Senti o buraco da má-disposição de saber que tens saudades dos mortos, e eu definhei por dentro querendo soltar lágrimas porque queria confirmar a tua verdade. sei que tens saudades da avó mãe. Os mortos nunca vão embora.
crónicas dos Olivais
Quero ser escritora, jornalista e trabalhar nas bibliotecas mais bonitas do mundo. Quero conhecer os anjos na terra.
maio 06, 2013
maio 05, 2013
21h28
Quando moramos na infância não estamos em alerta. O mundo corre-nos nas mãos como ar entre os arvoredos. E agora que fui tingida pela chama da idade, acredito convictamente que nos bordam no tecido da história desde o início. Somos tão insignificantes quando comparados com o destino, que quando morremos somos pó. E a memória, essa, crava-se nos outros. Tudo porque somos humanos, e na carne querem lembrar-nos a sensação uns dos outros.
maio 04, 2013
maio 03, 2013
maio 02, 2013
maio 01, 2013
as razões de Maio
"Eu digo que tenho 70 mais IVA", no terminal do comboio
vestido comprido azul celeste com pedras brilhantes
senhora que comia a maçã e lia o livro com écharpe às flores
directora da biblioteca
a professora e a nicotina
a ironia da vida de Mariana
a orquestra citadina às 16h00 da tarde
o arquitecto no tubo subterrâneo
provocar, provocar, provocar!
vestido comprido azul celeste com pedras brilhantes
senhora que comia a maçã e lia o livro com écharpe às flores
directora da biblioteca
a professora e a nicotina
a ironia da vida de Mariana
a orquestra citadina às 16h00 da tarde
o arquitecto no tubo subterrâneo
provocar, provocar, provocar!
Subscrever:
Mensagens (Atom)