outubro 31, 2011
pela janela estranha do comboio eu vi
É instinto. É instinto mergulhar na água fria, queimar as mãos no fogo e travar o ar nos pulmões.
Eu ouvi dizer que o instinto é cego, carnal e natural. O instinto devora-nos o raciocínio como a pastilha elástica que não deixa de esticar.
O meu instinto por ti é o amor. Eu amo-te porque os teus pensamentos me devoram a mente, o cheiro da tua pele inebria e o toque rasga-me a razão. É assim que o definimos. Sem definição. A ti chega-me as palavras que não existem, chega-me o saber da tua presença e quando vais embora Deus foge-me das mãos e passo a amar-te ainda mais. Amo-te nos desencontros, nos olhares que fogem e escapam aos outros que não entendem esta química que existe em nós.
Mas não há cor, existem muitas cores, as cores que instinto conhece. E queres saber o que faço quando o instinto tende a desaparecer?
Olho para ti. É o suficiente para saber que continuas de olhos postos em mim. A tua guarda é a minha existência.
O sentir é mais que o saber meu amor.
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