Crescer muitas vezes é um inequívoco. É uma palmada cheia com mão forte e quando damos por nós já vestimos calças de ganga e usamos sutien de mulher. E dentro desse crescimento, faz parte perceber que não somos feitos de fibra forte a todo o momento e somos frágeis, partimos facilmente e não precisamos de mais palmadas para nos endireitarmos em frente ao espelho. Essa é a dura realidade do crescimento, o percebermos que somos mais importantes que muitas palavras e muitas acções e que muitas pessoas que achámos que nos amaram, depois de termos sido alvejados no coração.
Para quem vive como eu, essa é uma lição difícil, porque quando se dá com toda a real entrega, o receber de volta é um acto de olhos fechados.
Entrega é uma palavra pequena para um acto tão forte, ela exige de nós toda a fibra e todo o espirito presente em nós. Muitas vezes é incompreendido esse esforço ou talvez esse desvaneio. Mas sei que após de ler este pedaço de expressão nua e crua, penso se devo ou nao deixar-me entregar mais vezes. Estas palmadas estão sempre à espreita na minha vida, já levei muitas e foi por isso que cheguei até aqui. No entanto é algo que temo, pois tive de optar por outros caminhos, e esses caminhos são sempre os mais dificeis e também os mais longos. Dito isto, vou pensar em escolher melhor ao que me entrego...
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